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«Primeiro-ministro convive muito mal com a liberdade de imprensa»

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Face Oculta: Pacheco Pereira acusa Governo de «ameaças, chantagens e actos» que modificaram panorama dos media em Portugal

O deputado do PSD Pacheco Pereira acusou o Governo, esta sexta-feira, de ter um comportamento «que envolve ameaças, chantagens e actos» que modificaram o panorama da comunicação social e diminuíram a liberdade na informação em Portugal, escreve a Lusa.

«Há um padrão de comportamento deste Governo em relação à comunicação social que envolve ameaças, chantagens e actos que têm vindo de facto a modificar o panorama da comunicação social», declarou Pacheco Pereira aos jornalistas, no Parlamento.

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Pacheco Pereira falava a propósito da edição desta sexta-feira semanário Sol, que transcreve extractos do despacho do juiz de Aveiro responsável pelo caso Face Oculta em que este considera haver «indícios muito fortes da existência de um plano», envolvendo o primeiro-ministro, José Sócrates, para controlar a estação de televisão TVI e afastar Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz.

Para Pacheco Pereira, estas transcrições confirmam «um padrão de comportamento» para o qual tem vindo a alertar.

«Merece-me uma grande preocupação, até porque revela uma coisa sobre a qual eu tenho vindo a falar há muito tempo: a existência de um padrão de comportamento por parte do primeiro-ministro e de um grupo de pessoas à volta do gabinete do primeiro-ministro e de ligações pessoais do primeiro-ministro em relação à comunicação social», sustentou.

«De facto, o padrão é coerente. O primeiro-ministro convive muito mal com a liberdade de imprensa, convive muito mal com as pessoas que o criticam sobre questões de fundo», acrescentou.

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Para Pacheco Pereira, «o que é grave é que há actos, não é apenas um problema de opiniões. Há atos concretos que, em condições normais, suscitam uma grande preocupação sobre a liberdade de opinião em Portugal».

«Não estou a dizer que o primeiro-ministro dá a instrução directamente, embora no caso das revelações do Sol se mostre que há de facto uma actuação concertada no sentido de provocar alterações editoriais nos órgãos de informação», considerou.

«Estamos perante um padrão de intolerância. Se fosse só subjectivo, poderíamos dizer: bom, é a opinião dele. Mas não é só subjectivo, o que ele diz alguém acaba por fazer. E a verdade é que isso se traduz em menor liberdade na informação em Portugal», concluiu.

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