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«PS não é prisioneiro deste Orçamento do Estado», diz Assis

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Deputado socialista considera que alterações introduzidas pelo Governo são «mínimas»

O deputado socialista Francisco Assis disse na segunda-feira que as alterações introduzidas pelo Governo no Orçamento são «mínimas», considerando que «poderia ter ido mais longe» e ressalvou que, apesar das propostas de alteração, o PS não fica «prisioneiro» do documento.

«Não tenho dúvidas que o facto do PS ter apresentado propostas de alteração no Parlamento teve um papel determinante e condicionou fortemente o papel do PSD e do CDS mas isso não significa que o PS fique prisioneiro deste Orçamento do Estado», disse Francisco Assis aos jornalistas, à margem do Clube dos Pensadores em Gaia, quando questionado sobre as votações sobre o OE2012 que decorreram segunda-feira no Parlamento.

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Quando lhe foi perguntado se concordava com a opinião do secretário-geral do PS, António José Seguro - que afirmou que as alterações do Governo eram «minimalistas» - o ex-líder da bancada parlamentar respondeu que eram alterações mínimas «aquelas que foram acolhidas pelo Governo», afirmando estar «convencido que o Governo poderia ter ido mais longe e que teria sido desejável que tivesse ido mais longe».

«O Governo poderia ter manifestado mais abertura em relação às propostas que o PS fez mas o que fica do ponto de vista do PS é uma posição muito clara de assunção da sua responsabilidade num momento particularmente difícil da vida do país», sublinhou.

Assis, que nas últimas eleições concorreu contra Seguro para a liderança do PS, afirmou que o anúncio socialista da abstenção na votação final do OE2012 foi a «posição correta», uma vez que «seria muito mau sinal que o principal partido da oposição votasse contra o Orçamento do Estado».

«O PS deixou claras as suas divergências, que se fossemos nós a governar teríamos hoje, nalgumas áreas, outras prioridades, sem pormos em causa a necessidade de levar a cabo políticas difíceis, de austeridade», garantiu, deixando bem clara a ideia que Seguro tem vindo a defender de que «este não é o orçamento do PS» mas sim do Governo e da maioria de direita.

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O deputado disse ainda que seria «desejável que os grupos parlamentares que apoiam o Governo na Assembleia da República produzissem outro tipo de discurso mais sério e mais responsável porque resvalam demasiadas vezes» para «procurarem atacar indevidamente a maioria anterior considerando que todos os problemas com que o país se defronta resultam de erros de governação anterior, o que é manifestamente falso», na opinião de Assis.

«Tem que haver um esforço de afirmação das nossas preocupações a nível europeu e eu aí acho que o Governo tem falhado um pouco e devia articular-se mais com outros governos europeus no sentido de fazer prevalecer o seu próprio ponto de vista. (...) Os interesses de Portugal não são sempre os interesses da Alemanha ou da França», condenou.

Nas votações de especialidade do Orçamento na segunda-feira, o PS absteve-se na proposta da maioria de introduzir uma modelação dos cortes entre os 600 e os 1100 euros, tendo votado contra a proposta de cortar integralmente os subsídios de férias e de natal a partir dos 1100 euros mensais.

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