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«PSD tomou posição precipitadamente»

Francisco Louçã inicia ronda ao país para falar sobre a moção de censura

O líder do BE afirmou que a moção de censura ao Governo é um instrumento de combate político e que o PSD foi «precipitado» ao recusar aprová-la.

Em declarações à agência Lusa, Francisco Louçã - que esta quarta-feira participa na primeira de várias iniciativas pelo país relacionadas com a moção de censura - disse que quando o BE decidiu avançar com a moção «não sabia a posição dos outros partidos» e assumiu «toda a responsabilidade constitucional» de «poder criar novas eleições», sustentando que o PSD não viabiliza a moção por estar de acordo com a linha seguida pelo Governo.

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«Como viu, na noite em que foi anunciada a moção de censura já o PSD inteiro tinha falado contra a moção. Já Marques Mendes tinha falado, já Santana Lopes tinha falado, Pacheco Pereira, Alberto João Jardim. O PSD tomou posição precipitadamente, mesmo sem conhecer o nosso texto, porque evidentemente quer prolongar esta agonia da política económica que tem trazido tantos desastres ao país», afirmou.

O líder do BE defendeu a moção de censura como um instrumento de combate político e disse que o trabalho dos bloquistas «é de conquista da opinião pública»: «Discutir com pessoas que não têm partido, com pessoas que estão indignadas com esta conciliação entre o PS e o PSD para reduzir os salários, esta coligação negativa que o PS e o PSD representam.»

«Sabíamos que a batalha política ia ser dura, houve um sururu gigantesco que nunca houve numa outra moção de censura, o que só constitui um pequeno elogio à nossa iniciativa. Ela foi no tempo certo, foi no momento certo, e trouxe para o debate político a vida destes dois milhões de trabalhadores precários, a recibo verde, dos desempregados, e as alternativas que queremos trazer», declarou.

O líder bloquista rejeitou ainda que a moção de censura tenha por detrás uma estratégia de «descolagem» do PS após as eleições presidenciais e o apoio de ambos os partidos a Manuel Alegre.

«Eu ouvi essa crítica e acho que é um insulto ao BE e a Manuel Alegre. Nós fizemos uma convergência com Manuel Alegre para uma eleição presidencial, que algumas pessoas parecem esquecer que é uma candidatura de uma pessoa, unipessoal, com um programa de alguém que se bateu por uma esquerda com confiança, por serviços públicos, contra o FMI, e temos muito orgulho nisso», assinalou.

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