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«Uma pessoa que não diz a verdade toda não devia ocupar o cargo»

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Rui Rio considerou que Maria Luís Albuquerque é «uma pedra no sapato» do Governo

O presidente da Câmara portuense defendeu hoje que alguém «que não diz a verdade toda» no Parlamento não deve ser ministra das Finanças e considerou a governante como o «elo mais fraco» e «uma pedra no sapato» do Governo.

«Se vivêssemos numa democracia adulta, uma pessoa que não diz a verdade toda, e pelo menos isso é certo que ela fez, não devia ocupar o cargo (...). O Governo tem um problema neste momento. É uma pena ter aquela pedra no sapato», frisou o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, em entrevista hoje à noite à RTP1.

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Recusando avaliar se a ministra mentiu no caso dos contratos swap, Rui Rio vincou que a experiência que tem e a avaliação que faz às «capacidades» da governante «é muito má», defendendo que, «se fosse primeiro-ministro», Maria Luís Albuquerque «evidentemente não seria ministra das Finanças».

O também presidente da Junta Metropolitana do Porto revelou que esta entidade alertou Maria Luís Albuquerque para os contratos swap na empresa do Metro do Porto e que ela, «pura e simplesmente», não respondeu.

Quanto ao Governo, Rui Rio lamentou os «erros primários nestes dois anos», a começar pelo «disparate completo» da criação de superministérios, «em nome da demagogia».

«O erro está corrigido, mas o elo mais fraco é este erro com a ministra das Finanças», vincou.

Até o «reforço do CDS-PP» na recente remodelação governamental é, para Rio, culpa da ministra.

«É o preço que o Governo pagou por manter a ministra das Finanças», observou.

Questionado sobre se o executivo tem condições para se manter durante mais dois anos, o autarca sustentou que «vai depender do mérito do Governo», mas afirmou que o mesmo tem agora «mais hipóteses do que há dois meses».

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Rui Rio destacou o papel do Presidente da República na gestão da crise política, porque a forma como a geriu «criou condições mais favoráveis ao país».

O autarca social-democrata revelou que apenas ¿qualquer coisa transcendente e importante para o país pode alterar por completo¿ a programação de vida «fora da política» desenhada para depois das autárquicas, quando termina o mandato de 12 anos na Câmara do Porto.

«A minha programação de vida é sair para uma atividade ligada à minha profissão de economista. Estou à procura de uma saída profissional fora da política», adiantou.

Quanto aos mercados, que «há dois anos» colocaram Portugal «no lixo», Rio nota que agora aplaudem o país dizendo que está no bom caminho mas «a situação ainda é pior».

«Batem-nos palmas porque tivemos um Governo que teve coragem de tomar medidas duras e uma população que teve capacidade de as sofrer quase em silêncio», observou.

Para Rui Rio, «os assobios são mais para a troika, que impõe ao Governo mais do que devia».

O social-democrata sustentou que o crescimento económico do país depende da sua capacidade de «exportar mais» e apontou como «pedra de toque» o investimento estrangeiro que é preciso promover, «com um pacote eficaz de medidas amigas do investimento».

A ministra das Finanças garantiu hoje que não demorou dois anos a resolver o problema dos swap e que o aumento das perdas potenciais para 3.000 milhões de euros teve a ver com as taxa de juro, que o executivo

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