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Deputados querem intervenção do Governo para evitar fecho da antiga Triumph

Fábrica (de roupa interior feminina), sediada na freguesia de Sacavém, no concelho de Loures, foi adquirida no início de 2016 pela Têxtil Gramax Internacional e emprega atualmente cerca de 400 trabalhadores

 A comissão parlamentar de Economia aprovou hoje, por unanimidade, uma proposta do PCP contra o encerramento da fábrica da antiga Triumph, no concelho de Loures, solicitando intervenção do Governo para ajudar a encontrar uma solução, inclusive novo comprador.

Intervindo na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, no parlamento, a deputada do PCP, Rita Rato, vincou que, “independentemente do processo – já que [a falência] ainda não foi formalmente decretada pelo tribunal –, não é tempo de atirar a toalha ao chão”, podendo “fazer-se muito”.

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A comunista destacou que em causa está “a maior empresa têxtil da região, com uma mão-de-obra muito significativa”.

Entendemos que o Governo e o Ministério da Economia devem – assim como foi possível encontrar uma solução para a empresa ser adquirida – intervir no sentido de conseguir um comprador para a empresa que salvaguarde a sua viabilidade económica e os postos de trabalho”, salientou Rita Rato.

Por seu lado, o deputado do PS Luís Moreira Testa assinalou que “os pressupostos e as preocupações” são as mesmas de há cerca de dois anos, quando o grupo alemão Triumph anunciou que iria vender a fábrica de Loures, que detinha desde os anos 1960.

Quando vemos que uma empresa […] está em perigo, não passa pela cabeça do poder político não fazer o que estiver ao seu alcance para evitar o encerramento da empresa”, afirmou, mostrando “esperança em que o Governo possa ter solução para o futuro desta unidade fabril”.

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Já António Costa Silva, do PSD, sublinhou a necessidade de “tentar inverter o que for possível ou [de] levar a empresa a ter melhor solução, inclusive novo comprador”.

Enquanto o bloquista Heitor de Sousa se mostrou “completamente de acordo” com o documento do PCP, o centrista Pedro Mota Soares falou na “dimensão muito significativa” da companhia para a região e para o país.

O projeto de resolução em causa, apresentado pelo PCP com caráter de urgência, aponta que “esta situação é da maior gravidade” já que “os trabalhadores têm dezenas de anos de serviço na empresa e um nível de especialização muito elevado”.

Por isso, recomenda ao Governo que “recorra a todos os instrumentos ao seu alcance para impedir o encerramento da empresa Têxtil Gramax Internacional, a redução dos postos de trabalho e [que] garanta a sua manutenção, bem como todos os postos de trabalho e o cumprimento dos direitos dos trabalhadores”.

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A fábrica da antiga Triumph (de roupa interior feminina), sediada na freguesia de Sacavém, no concelho de Loures, foi adquirida no início de 2016 pela Têxtil Gramax Internacional e emprega atualmente cerca de 400 trabalhadores.

No entanto, em novembro passado, a administração da empresa comunicou aos trabalhadores que iria ocorrer um processo de reestruturação, que previa o despedimento de 150 pessoas.

Na sexta-feira, depois de tomarem conhecimento de que a administração tinha iniciado um processo de insolvência, os trabalhadores iniciaram uma vigília à porta das instalações para impedir a saída de material.

As últimas informações dão conta de que o processo de insolvência terá dado entrada em tribunal, mas que não foi decretado um administrador.

Entretanto, na passada segunda-feira os trabalhadores da Têxtil Gramax Internacional realizaram mais uma ação simbólica de protesto, que pretende chamar a atenção do Governo, mas sobretudo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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