O presidente da Câmara de Lisboa e candidato socialista a primeiro-ministro quer que º 1º de Dezembro, que era feriado antes de 2012, volte a sê-lo para o ano. António Costa deixou essa mensagem, numa cerimónia que assinalava o Dia da Independência, na praça dos Restauradores, em Lisboa, recebendo aplausos da plateia que o ouvia:
«Desde 1862, [que] o município de Lisboa se junta à Sociedade Histórica [da Independência de Portugal] para celebrar a independência nacional, data que desde 1910 e até bem recentemente constituiu feriado oficial e que quero que seja hoje o último dia em que comemoramos sem estarmos nessa condição»
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«Como aqui referi no ano passado, o 1º de Dezembro é património de Portugal e dos portugueses, pertence à comunidade e a ninguém é moralmente permitido dispor dele com ligeireza, mesmo que o faça invocando o nome do Estado»
Defendendo que «não é necessário mudar o ciclo político» para voltar a transformar este dia em feriado nacional, o também deputado do CDS-PP abordou uma lógica de «ecologia fundamental», através da qual «é de bom tom que cada um limpe o seu próprio lixo – é regra de educação e até de civismo».
Ribeiro e Castro garantiu também que não votará «em ninguém, em 2015 [nas eleições legislativas], que entre outras correções e ajustamentos que importa fazer, não se comprometa claramente com a reposição do feriado nacional do Primeiro de Dezembro ou não o tenha já feito antes».
Já o diretor da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, Alarcão Tróni, adiantou que escreveu ao Ministro da Educação e da Ciência, Nuno Crato, e ao presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, Manuel Machado, «pedindo-lhes que hoje, durante o horário letivo, seja ministrada aos alunos dos ensinos básico e secundário, em todo o país, uma aula de educação para a cidadania sobre a Restauração e a guerra da aclamação», esperando que a sugestão tenha sido bem recebida.
Na cerimónia, estiveram representadas forças militares e de segurança, assim como alunos de escolas do concelho de Lisboa, que cantaram o hino nacional e o hino da restauração, aquando do içar das respetivas bandeiras.
Foi ainda feito um percurso histórico pela cidade relembrando a história do país em locais da cidade como o Largo de São Domingos (aclamação de D. João I de 1383), o Terreiro do Paço (aclamação de D. João IV), Cais do Sodré (embarque de Junot) e Praça Luís de Camões (ultimatum de 1890).
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