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António Vitorino acusa PSD de esquecer a crise

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Socialista lamenta que partido tenha dedicado «um só parágrafo» do programa às questões da regulação financeira

O dirigente socialista António Vitorino considerou «espantoso» que o programa eleitoral do PSD, apresentado pela líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, não tenha dedicado «um só parágrafo» às questões da regulação financeira ou à crise internacional.

«Atravessamos uma crise económica que resulta essencialmente da desregulação dos mercados financeiros, da especulação financeira internacional e do impacto que essa especulação teve na economia mundial, com custos sociais elevados, designadamente em matéria de desemprego. Ora, se há uma questão essencial com que a comunidade internacional esteja confrontada é com a necessidade de adoptar medidas de regulação do sector bancário e dos mercados financeiros para impedir que as mesmíssimas circunstâncias especulativas nos possam fazer de novo mergulhar numa crise do mesmo tipo», apontou António Vitorino, citado pela agência Lusa.

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Neste contexto, o dirigente do PS considerou «surpreendente que sobre as responsabilidades da supervisão, sobre a necessidade de maior coordenação internacional em relação ao funcionamento dos bancos que operam a nível transnacional, o principal partido da oposição em Portugal tenha achado por bem que era possível apresentar uma proposta de programa eleitoral sem dedicar sequer um parágrafo ou uma frase que seja à questão da regulação financeira internacional».

Na sua intervenção, Vitorino considerou ainda «espantoso verificar que nem por uma única vez que a drª Manuela Ferreira Leite se tenha referido à crise internacional». «Percebe-se qual o alcançe político dessa estratégia de Manuela Ferreira Leite: dizer que os problemas do país são todos internos e ficam a dever-se à má política económica deste Governo, e para que essa tese possa ter alguma verosimilhança é preciso então apagar da mente das pessoas a circunstância de estarmos a viver a mais grave crise internacional desde a grande depressão dos anos 30», referiu o dirigente socialista.

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