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«Há um clima de asfixia democrática» em Portugal

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Ferreira Leite diz que Sócrates já percebeu que vai perder as eleições e garante que não vai falar de casos judiciais durante a campanha

Sobre a polémica do eventual envolvimento de assessores de Cavaco na elaboração do programa do PSD, Manuela Ferreira Leite afirmou que o programa «foi escrito e lido por um grupo restrito de três ou quatro pessoas» da comissão permanente do partido, apesar de terem sido ouvidas centenas de pessoas.

Em entrevista à «RTP», a líder do PSD salientou depois que «as pessoas têm medo de participar seja no que for, têm medo de se pronunciar contra o Governo porque têm medo de retaliações».

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A líder do PSD queixou-se depois deste «clima de asfixia democrática». «Este tipo de ambiente que está a ser criado no país, e que só foi criado desde o 25 de Abril, pelo Governo de José Sócrates não me intimida nem me condiciona».

«Eu não quero saber se há escutas ou não, eu não quero saber se há retaliações ou não, o que é grave é que as pessoas acham que há», disse ainda.

«Sócrates já percebeu que vai perder as eleições»

«Não me imagino num Governo com o Engenheiro José Sócrates. Estamos em campos opostos. Ele já disse que vai continuar com as políticas que seguia e eu acho que isso seria levar o país para o abismo» garante a líder Manuela Ferreira Leite em entrevista à «RTP».

«O Engenheiro Sócrates já percebeu que vai perder as eleições», disse ainda.

Défice deve estar acima das previsões do Governo

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Mas a líder laranja abre a porta a uma coligação com o CDS. «Já estive num Governo com Paulo Portas e nunca tive problemas», afirmou.

Questionada sobre se um Governo minoritário tem condições para governar, afirmou: «Acho que tem, não vejo nenhumas razões para não ter».

Casos de Justiça fora da campanha

No início do período eleitoral, Manuela Ferreira Leite garante que não trará casos de Justiça para a campanha, nem os que envolvem nomes do PS, nem os de suspeitas sobre elementos do PSD. «Não sei se são embaraço político para o PSD, mas sejam ou não, não os vou trazer à liça»,

«Os princípios que regem a nossa vida privada devem ser os mesmos que regem a vida política. Não abdico dos meus princípios em nome de calculismos políticos», adiantou, recusando-se depois a explicar por exemplo porque manteve o nome de António Preto nas listas do partido apesar de ser arguido num processo já com julgamento marcado.

Expectativa sobre o programa vai ser frustrada

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A líder do PSD explica que não quis apresentar o programa nas férias porque quer que seja lido. «Não é uma folha A4, mas poderia ser que não ficava mal. É sintético e tudo o que lá está é para ser cumprido», afirmou. «O do PS está cheio de coisas que obviamente não podem ser cumpridas e outras que já tinham sido anunciadas da outra vez».

Mas adianta: «Até parece que eu não ando há um ano a dizer o que penso e quais são as minhas ideias para o país». «O engenheiro Sócrates também sabe bem quais são as minhas ideias e tem-nas copiado uma a uma», afirmou.

Questionada sobre a enorme expectativa em torno do programa, Ferreira Leite afirmou: «A expectativa vai ser frustrada porque não vai estar nada no programa que eu não tenha já dito».

Ferreira Leite adiantou depois que as prioridades do programa são: Economia, Solidariedade, Educação, Justiça e Segurança».

«Já me sugeriram mudanças de imagem»

A líder do PSD revelou que já lhe sugeriram mudanças de imagem, mas que nunca aceitou. Entre as mudanças propostas estavam a alteração «da maneira de falar», «usar o powepoint», etc.

Mas nem por isso a responsável parece ter medo de presenças em televisão e garante que participará em todos os debates com José Sócrates para os quais seja solicitada, mas afirma que Sócrates também deverá debater com os outros partidos, «por exemplo com o Bloco de Esquerda, para que se vejam as diferenças».

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