O eurodeputado socialista Francisco Assis considerou esta terça-feira "extemporânea" qualquer discussão sobre a liderança do PS, defendendo que agora o mais importante é garantir a eleição de um Presidente da República oriundo do espaço político deste partido.
Esta posição foi transmitida à agência Lusa por Francisco Assis, dirigente socialista que até agora vinha sendo apontado como um dos nomes mais fortes que poderiam disputar a António Costa o cargo de secretário-geral do PS.
"Considero extemporânea qualquer discussão sobre a liderança do PS. Não podemos perder de vista que temos eleições presidenciais dentro de três meses e é agora ainda mais importante garantir a eleição de um Presidente da República oriundo do nosso espaço político", afirmou o cabeça de lista socialista nas eleições europeias de 2014.
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"O país reclama um PS forte, com rumo e com elevado sentido da responsabilidade institucional", advertiu.
Numa análise sintética sobre os resultados das eleições legislativas, Francisco Assis defendeu que este ato eleitoral alterou "significativamente a realidade política nacional".
"A coligação de direita ganhou as eleições mas perdeu a maioria absoluta; o PS, subindo ligeiramente, ficou aquém dos objetivos expectáveis e a extrema-esquerda parlamentar reforçou a sua expressão. Face a este cenário ao PS incumbem especiais responsabilidades de todo em todo incompatíveis com atitudes precipitadas e declarações imponderadas", insistiu o eurodeputado e ex-presidente do Grupo Parlamentar do PS.
"Como tal teremos que evitar a tribalização do partido, a sua transformação num espaço de confronto de claques, a consagração da disputa personalizada em detrimento de uma séria reflexão de que não deveremos prescindir", acrescentou.
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