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"Não pode haver compromissos com esta direita extremista"

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Eurodeputado socialista Francisco Assis afirmou este sábado que o PS precisa de obter uma "rotunda vitória" nas eleições face à coligação PSD/CDS, mas advertiu que tem de assumir um discurso claro contra as ideias "delirantes" da extrema-esquerda

Francisco Assis, que se candidatou a secretário-geral em 2011 e que abandonou o último congresso do PS em sinal de protesto com o rumo político - também por não lhe ter sido concedida a palavra -, disse que "não é com discursos radicais e extremistas" que Portugal conseguirá os compromissos necessários na União Europeia - uma alusão ao caso grego. Segundo o ex-líder parlamentar do PS, "ninguém sabe inteiramente como as coisas vão correr, porque ninguém é dono do futuro". Na sua intervenção, Francisco Assis defendeu também a tese de que a União Europeia só pode evoluir na base dos compromissos entre as maiores famílias democráticas e que para este espaço europeu "não podem ser transportados os antagonismos políticos nacionais".

O eurodeputado socialista Francisco Assis afirmou este sábado que o PS precisa de obter uma "rotunda vitória" nas eleições face à coligação PSD/CDS, mas advertiu que tem de assumir um discurso claro contra as ideias "delirantes" da extrema-esquerda.

Francisco Assis falava no encerramento do período da manhã do segundo dia da Convenção Nacional do PS, num discurso em que reiterou a sua tese a favor dos compromissos entre as forças democráticas, mas dos quais excluiu "tanto a atual direita extremista", como a extrema-esquerda.

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"Não pode haver compromissos com esta direita extremista que já nem sequer representa larguíssimos setores da direita tradicional portuguesa. Foram eles que se excluíram e que estão fora dos avanços que se estão a verificar na Europa. Mas também é preciso termos um discurso claro para muitos portugueses que, desiludidos, frustrados, quantas vezes desesperados, tendem a ir no canto de sereia das propostas deliberantes da extrema-esquerda”, disse.

“É preciso dizer-lhes que não é virando as costas à Europa que vamos conseguir mudar a Europa", declarou o "número um" da lista do PS nas últimas eleições europeias.

"Temos de fazer um apelo para muitas pessoas ainda hesitantes, que tendem a votar em outros partidos, muitas vezes à nossa esquerda. Na noite eleitoral [das legislativas], o país vai saber se se inicia ou não um novo ciclo na vida política portuguesa", disse, traçando assim um cenário de bipolarização.

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Para Francisco Assis, a fronteira é “muito clara”: “Se Pedro Passos Coelho permanecer como primeiro-ministro, estamos condenados a viver o velho ciclo daqueles que agora apresentam com o ‘slogan' Portugal para a frente, quando não fizeram mais do que trazer Portugal para trás; mas se o novo primeiro-ministro for António Costa, um novo ciclo vai abrir-se", advogou.

"Mas todos sabemos que teremos um Governo com ideias, com rigor e que teremos um primeiro-ministro à altura das exigências", sustentou, já depois de ter vincado a necessidade de "Portugal ser representado por António Costa no Conselho Europeu".

Francisco Assis afirmou também que, com a nova equipa da Comissão Europeia, liderada por Jean Claude Juncker, sobretudo em resultado da pressão política exercida por socialistas democráticos e sociais-democratas, registaram-se progressos na conceção de investimento público, sendo novamente encarado como motor do investimento privado e do crescimento.

Progressos ainda, de acordo com Assis, na política monetária (que contrariou a linha do Banco Central da Alemanha) e na adoção de uma leitura mais "inteligente" do Tratado Orçamental.

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