Já fez LIKE no TVI Notícias?

O «papão» Santana e «os tiques» de Costa

Relacionados

Miguel Portas e Francisco Louçã juntaram-se a Luís Fazenda num comício em Lisboa. Foi noite de «festa»

O comício tinha hora marcada para as 21h30, mas meia hora antes, já os militantes e apoiantes se encontravam à porta do teatro Vilarett, em Lisboa, para ouvir Miguel Portas, Francisco Louçã e Luís Fazenda. E foi o eurodeputado, Miguel Portas que arrancou os primeiros «aplausos com gargalhadas» da noite, com os seus trocadilhos.

«Vão ouvir falar muitas vezes do "papão" Santana Lopes, mas ele não pode e não vai ganhar, porque já nos disseram o mesmo sobre Ferreira Leite e vejam onde ela ficou», afirmou o bloquista, lembrando os resultados das legislativas.

PUB

«Ninguém esquece, em Lisboa, a imensa lista de trapalhadas que Santana Lopes deixou na capital», defendeu e deu como exemplo, o Parque Mayer. Em seguida acrescentou: «Ele ia conseguindo o milagre de colocar o município na bancarrota. Todos sabemos como é fácil endividar os municípios, mas para a bancarrota é preciso jeito». «O tempo hoje, não é o tempo nem o país que deu Lisboa a Santana».

«Os tiques» de Sócrates

E de um alvo passou a outro. «Também ouvirão António Costa pedir maioria absoluta, mas a ele conheço-o bem, porque andei com ele na escola», assumiu. «E nunca lhe diria, como é habitual entre políticos, "tenho muita admiração e respeito por si". E como não o diria, posso dizer que está a ganhar os tiques de José Sócrates e, assim, não vai longe».

O «sim» da Irlanda

Mas, apesar de estarmos em campanha autárquica, sendo eurodeputado, Miguel Portas começou o seu discurso com a vitória do «sim» ao Tratado de Lisboa, na Irlanda.

Miguel Portas justificou o resultado com a «enorme subida da abstenção e a diferente arrumação das forças políticas no país». Lembrou ainda que «apenas um partido, o Sinn Fein, defendeu o "não"», porque os outros mudaram-se para o «sim». Apesar da «aprovação» do referendo, o eurodeputado congratulou-se com «o crescimento da esquerda na Europa», nos últimos actos eleitorais.

PUB

A «tunomania»

Depois foi a vez do candidato do BE, Luís Fazenda tomar a palavra. Colocou-se «ao lado dos cidadãos» contra «o negocismo na cidade», prometeu defender «um urbanismo equilibrado, com reabilitação urbana e referendos locais».

De olho nos adversários garantiu que «as pessoas não esquecerem Santana Lopes e a sua tunomania. E sabem bem o seu itinerário intermitente e itinerante». Já a António Costa acusou de «rasgar» os compromissos que tinha assumido com o Bloco e que passavam, por exemplo, pela «revisão do PDM ou por 25% de novas habitações a preços controlados». «Tudo isso desapareceu do programa do PS», garantiu.

Apontou ainda o dedo «a decisões tomadas pelo Governo central directamente sobre a cidade», como a criação da Sociedade Frente Tejo ou o negócio com a Lisconte, em Alcântara.

E com ironia brincou: «Só alguns vão aos Gatos Fedorentos esmiuçar qualquer coisa, portanto, teremos de ser nós a esmiuçar os votos dos eleitores».

«Eles disseram tudo»

PUB

E como «Miguel Portas e Luís Fazenda disseram tudo sobre Lisboa, Francisco Louçã, dedicou as suas palavras «ao rombo» causado pelo Bloco de Esquerda, no «sistema de rotatividade de maiorias» entre o PS e o PSD, nas últimas eleições «europeias e legislativas».

E da defesa de «um imposto sobre as grandes fortunas» para lutar contra a corrupção em todo o país, Francisco Louçã pediu prioridade à «reabilitação urbana» dentro das cidades. «É uma questão de prioridades. Mas parece que preferem auto-estradas vazias a casas ocupadas», concluiu.

PUB

Relacionados

Últimas