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«Estamos a hipotecar ainda mais o futuro do país»

Miguel Frasquilho alerta para perigo dos grandes investimentos. Política de obras públicas deve reequacionar plano rodoviário

«É preciso muito cuidado, nesta altura, no lançamento de novos investimentos porque o que estamos a fazer é endividarmo-nos». Miguel Frasquilho, economista e deputado do PSD, comenta, em entrevista à Agência Financeira e ao PortugalDiário, o Orçamento de Estado, apresentado esta quarta-feira e lança um sério aviso sobre as grandes obras públicas que estão previstas.

«Já estamos muito endividados ¿ a nossa dívida chega a 100 por cento do PIB e todos os anos cresce 10 por cento», explica Miguel Frasquilho. «Em circunstâncias normais, estes números são preocupantes; agora, imagine com uma conjuntura complicada e difícil que estamos a viver».

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Por isso, garante, «o Governo devia ponderar muito bem sobre quais são os projectos realmente prioritários». Com dúvidas sobre o TGV, e garantindo que tanto a Alta Velocidade como o projecto do aeroporto resultará de um investimento repartido por diversos anos, Miguel Frasquilho está mais preocupado com o plano rodoviário.

«Há projectos como o novo aeroporto como o TGV cujo montante de investimento não vai ser realizado, na sua maior parte, no próximo ano. São projectos que estão em andamento, que se repartem por vários anos, e são estruturantes, ainda que, sobre o TGV, tenha algumas dúvidas».

«A política de obras públicas devia ser reequacionada. O Governo quer concretizá-la a toda à força», assevera, «porque os motivos eleitorais falam mais alto». E «ao ir por este caminho podemos estar a hipotecar ainda mais o futuro do país, que já não é brilhante».

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