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Sócrates anuncia saída de Carlos Guerra do Proder

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Depois de ter sido constituído arguido no processo Freeport, colocou o cargo de director à disposição do ministro da Agricultura

Carlos Guerra pediu para deixar a gestão da Autoridade de Gestão do Plano de Desenvolvimento Rural (Proder), depois de ter sido constituído arguido no processo Freeport.

O anúncio foi feito esta tarde pelo primeiro-ministro no debate quinzenal na Assembleia da República. José Sócrates explicou que foi o próprio Carlos Guerra que colocou o seu lugar à disposição numa carta enviada ao ministro da Agricultura.

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Pouco antes, do lado de fora do hemiciclo, Jaime Silva, dizia que ainda não tinha tomado qualquer decisão sobre o assunto, para depois rectificar as suas declarações.

O chefe de Governo disse que brevemente será anunciado o novo director do Proder.

Esta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República confirmou que Carlos Guerra é arguido no processo Freeport, depois da TVI ter avançado essa informação na passada sexta-feira.

Na altura em que o projecto do outlet de Alcochete foi aprovado, Guerra era presidente do Instituto da Conservação da Natureza.

Carlos Guerra é o quarto arguido do processo. Os outros três são Charles Smith, Manuel Pedro e o arquitecto Eduardo Capinha Lopes.

Contradição de Jaime Silva sobre demissão

O anúncio da demissão de Carlos Guerra ficou marcado pela contradição por parte do ministro da Agricultura. Em declarações aos jornalistas no Parlamento, mas fora do plenário, Jaime Silva disse que ia ouvir esta tarde Carlos Guerra e que a decisão sobre a sua continuidade na gestão do Proder só seria tomada depois desta conversa.

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«Vou ter uma reunião com ele hoje à tarde e em função disso tomarei uma decisão. Vou ouvir da parte dele aquilo que li nos jornais no regresso do avião», afirmou Jaime Silva aos jornalistas, citado pela Lusa.

Questionado sobre se admitia o afastamento de Carlos Guerra, o governante negou essa possibilidade, voltando a dizer que teria de ouvir primeiro o gestor do Proder.

Nessa altura, dentro do plenário, José Sócrates anunciava que Carlos Guerra falara com o ministro da Agricultura «na semana passada imediatamente a seguir ao momento em que foi ouvido pela Polícia Judiciária» e que Jaime Silva «tomou a decisão de nomear um novo gestor para o Proder».

Depois de José Sócrates falar, Jaime Silva anunciou que voltaria a prestar declarações aos media sobre o tema. «O arquitecto pôs o lugar à disposição, formalmente, numa carta. Eu tomei em consideração a iniciativa dele», disse, em contradição com o que afirmara antes.

«Ele tem o direito à defesa e ao bom-nome. Tem que se preparar e há uma responsabilidade da parte dele para facilitar que não haja leituras de que o trabalho está a ser condicionado por ser arguido. Desse ponto de vista é generosidade da parte dele. Eu compreendo e agradeço», disse.

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