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Madeira: «Insustentável» foi escrito por Jardim

Presidente do Governo Regional da Madeira não tem «qualquer problema» em divulgar o conteúdo da carta que enviou a Passos Coelho

O presidente do Governo Regional da Madeira afirmou este domingo que não tem «qualquer problema» em divulgar o conteúdo da carta que enviou ao primeiro-ministro, solicitando um plano de apoio financeiro para a região.

Alberto João Jardim assegurou aos jornalistas, durante uma inauguração no Funchal, que a missiva «tem apenas uma folha e carácter generalista», embora se diga que não poderá ser «uma solução meramente contabilística» para resolver a situação da região.

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Jardim frisou que a frase utilizada pelo ministro das Finanças, «que escandalizou», que «a situação da Madeira como está é insustentável», é da sua autoria e foi mesmo usada na carta que escreveu a Pedro Passos Coelho.

«As soluções que se pretendem para a Madeira não podem ser meras soluções no plano financeiro, contabilístico, senão vamos passar a vida a remedar de um lado e daí a dias descobre do outro», disse o governante madeirense, explicitando o que havia declarado no discurso da inauguração da nova sede no Funchal da associação mutualista regional 4 de Setembro.

«Peço, portanto, a intervenção da República, não digo que é uma intervenção apenas para fins contabilísticos. Peço para ver se a gente estuda e resolve isto. Mas vai levar algum tempo, porque vai ser preciso combinar várias coisas, em termos de números que existem e da realidade existente», realçou, concluindo que «isto não é para brincar às eleições».

O líder regional sustentou que «de uma vez por todas o que é preciso é não se andar a empapelar a vida da Região Autónoma, não se andar a arranjar soluções que são remendos, que é o que tem sucedido nas relações entre o Estado e a Madeira».

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Adiantou que ao longo do tempo se arranjaram soluções, «mas não se teve em conta o valor que a região pode produzir, porque embora tenha receitas próprias é preciso saber se essas dão para todos os encargos que o arquipélago tem em cima de si».

Segundo o líder insular, «é preciso saber quando se regularizam situações financeiras - como já aconteceu por duas vezes e agora decorre terceira negociação - se se vai resolver só uma situação de tesouraria e contabilidade, ou se se vai criar de uma vez por todas uma solução em que, por um lado, haja receitas e despesas, mas por outro exista uma economia que não esteja estrangulada e continue a funcionar».

Para Jardim, tem de ser encontrada «uma solução realista», porque «senão vai faltar outra vez verbas, vai haver outra vez défices maiores e vai continuar esta história por muitos anos e bons».

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