O líder parlamentar do PS afirmou esta quinta-feira que a coligação PSD/CDS limitou-se na quarta-feira à noite, quando apresentou as linhas gerais do programa eleitoral - a dar uma conferência de imprensa e que a proposta dos dois partidos para impor um teto à dívida na Constituição "não faz sentido".
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"Isso não faz sentido. Se houvesse um teto constitucional para a dívida pública como é que este Governo tinha governado? Este Governo aumentou a dívida pública de forma brutal, já que passou para 130 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), quando antes andava à volta de 80 ou 90 por cento", apontou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.
Ainda relativamente ao desafio da maioria PSD/CDS ao PS para que seja aberto um novo processo de revisão constitucional, o líder da bancada socialista comentou: "Isso é uma coisa tão vista".
"Só falta agora voltarem a propor a abertura de uma revisão constitucional também em outros aspetos onde têm insistido para a constitucionalização de normas", respondeu, numa alusão à já longa insistência da maioria PSD/CDS para retirar "rigidez" e carga "ideológica" a várias normas da Lei Fundamental.
"É bom que não fiquem [PSD e CDS] por esta coisa que, para cumprir calendário e para ridiculamente se tentarem antecipar à Convenção Nacional do PS, fizeram uma conferência de imprensa. O que se passou [na quarta-feira à noite] foi uma conferência de imprensa", insistiu o líder da bancada socialista.
"Vai ser uma pré-campanha eleitoral muito longa por responsabilidade do Presidente da República", acrescentou.
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