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Clinton diz que presença portuguesa no Afeganistão é «vital»

Secretária de Estado norte-americana reuniu-se esta manhã com Luís Amado

Uma Hillary Clinton madrugadora encontrou-se esta sexta-feira de manhã com Luís Amado no Palácio das Necessidades, em Lisboa. No dia em que se inicia a cimeira da NATO na capital portuguesa, a secretária de Estado norte-americana e o ministro dos Negócios Estrangeiros português assinaram uma declaração com vista ao reforço das relações bilaterias. Sobre a continuidade de tropas portuguesas no Afeganistão, a secretária de Estado disse que é «vital».

A chegada de Clinton às Necessidades estava agendada para as 8:15. Mas só às 8:37 é que a comitiva de carros de alta cilindrada cruzou o pátio do palácio. Amado cumprimentou-a, bem humorado. «É muito cedo», disse o ministro. A norte-americana, concordou: «É muito cedo». Já com a agenda recortada por este atraso, a hora marcada para a conferência de imprensa (9:00) foi empurrada dez minutos.

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Amado foi o primeiro a falar, dizendo que em Portugal «há uma grande simpatia» e «uma grande admiração pela grande nação americana», congratulando-se pela assinatura de uma declaração conjunta com a qual espera «um novo impulso das relações bilaterais» a «todos os níveis».

O ministro disse ainda que hoje e amanhã «haverá oportunidade de dar continuidade às conversações sobre os temas que estão na agenda internacional», numa altura em que estão reunidos dezenas de chefes de Estado e de governo na capital portuguesa, que Amado descreveu como a «capital política do mundo» estes dias.

Clinton, bem disposta e sem conseguir conter um sorriso, disse que era um prazer estar «aqui, na capital política do mundo». «Portugal e os EUA têm uma grande relação», disse depois, realçando a cooperação a nível da NATO e a importância da base militar instalada nos Açores. A governante disse ainda estar «ansiosa» por ver Portugal juntar-se ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Questionada sobre se acha que viável a manutenção de forças portuguesas no Afeganistão numa altura em que a crise económica e financeira se agudiza, Hillary Clinton afirmou que esta presença é «vital». «Estou satisfeita pelo serviço e sacrifício dos portugueses no Afeganistão», salientou, dizendo-se «consciente» dos problemas que o país enfrenta.

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«Acreditamos que a missão que estamos a fazer no Afeganistão têm de continuar», defendeu, salientando que os «extremistas» representam «uma ameaça ao povo de Portugal, da Europa, dos EUA e de nações em todo o mundo».

Hillary Clinton sublinhou ainda a importância do encontro com o presidente Hamid Karzai, revelando a mensagem que lhe irá transmitir: «Reconhecemos e respeitamos a soberania do povo afegão e estamos a trabalhar de forma muito próxima, tanto do ponto vista militar como civil».

A secretária de Estado realçou a importância de «ouvir as preocupações» do povo e do governo do país mas frisou também que a missão da NATO no país «está fazer progressos».

Este sábado, disse, deverá chegar-se a um acordo sobre o início da transição da segurança para o governo afegão, um processo que deverá estar concluído em 2014.

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