O Ministério da Agricultura está a estudar medidas que «desincentivem» e «penalizem» quem deixar abandonadas as suas propriedades florestais, disse este sábado o ministro António Serrano, escreve a Lusa.
«O abandono das propriedades é negligência» afirmou o responsável pela pasta da Agricultura, que falava à Lusa na Figueira da Foz, onde se deslocou para visitar o "Dons de Portugal", certame de promoção de produtos portugueses de excelência, que decorre até 14 de Agosto.
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«Não é por falta de financiamento que a limpeza das matas e florestas» e outras «acções de prevenção» de incêndios florestais não são feitas, acrescentou o governante.
Tem de haver, por isso, «novos mecanismos de intervenção, não só junto das florestas», mas também de outras áreas «onde o Estado faz investimentos e, depois, a terra não é cultivada, não é utilizada, fica abandonada», sublinhou.
Sem afastar a possibilidade de aumentar as coimas, designadamente para quem não limpa as suas matas e florestas, o ministro não deixou, todavia, de considerar que esta «não é a única via».
Apelo à limpeza
Já este sábado o secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, tinha apelado a que as pessoas limpem o mato à volta das suas casas, de forma a facilitar o trabalho dos bombeiros que combatem incêndios florestais.
Em declarações à Lusa em S. Pedro do Sul, onde se deslocou para acompanhar as operações de combate a um incêndio na Serra da Gralheira que lavra desde sexta-feira, Vasco Franco disse ter visto casas «sem limpeza nenhuma à volta, com o mato a entrar quase pela porta dentro, o que torna muito difícil a intervenção».
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«O que tenho estado a fazer desde Maio é este apelo às pessoas para limparem o mais possível à volta das casas», frisou.
O secretário de Estado pediu que se não conseguirem mais do que isso, «limpem pelo menos aquilo que está à volta das casas».
«Estamos a ver que quando há a faixa de protecção dos 50 metros é facilitada a intervenção dos bombeiros, é mais garantido que as casas serão poupadas. Quando nos encontramos perante uma situação como estas, em que o mato entra praticamente dentro das casas, é muito difícil», advertiu.
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