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"Incompetência do Governo não pode encontrar justificação na meteorologia"

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BE atribuiu culpas ao executivo pelo agravamento da situação dos fogos florestais, exemplificando com a indisponibilidade de vários helicópteros e o atraso no pagamento às equipas de sapadores florestais

"Há uma espécie de despreocupação grave que coloca em risco a floresta, pessoas, bens, uma riqueza, um recurso importantíssimo a nível nacional, tanto em termos económicos, como ambientais e paisagísticos", continuou o membro da comissão permanente do Bloco de Esquerda (BE). O dirigente bloquista referiu que 2015 é já o terceiro pior ano em termos de área ardida da última década e criticou a ministra da Administração Interna por afirmar que existem meios suficientes no terreno. Entretanto, o grupo parlamentar do BE questionou a ministra da Agricultura e do Mar pelo atraso no pagamento da "segunda tranche" de apoios, no valor de 3,4 milhões de euros, devidos às equipas de sapadores florestais.

O BE atribuiu hoje culpas ao executivo da maioria PSD/CDS-PP pelo agravamento da situação dos fogos florestais, acusando-o de "incompetência", exemplificando com a indisponibilidade de vários helicópteros e o atraso no pagamento às equipas de sapadores florestais.  

"A incompetência do Governo não pode encontrar justificação na meteorologia. Sabemos que a região sul da Europa e Portugal têm condições da floresta e meteorológicas propícias para a deflagração de incêndios, mas compete a um Estado competente colocar um dispositivo no terreno que permita contrariar os efeitos, tanto ao nível do ataque direto como da prevenção", afirmou o dirigente bloquista Pedro Soares, em conferência de imprensa, na sede nacional, em Lisboa.

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Na terça-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) registou 209 incêndios que foram combatidos por 4.602 operacionais, com o apoio de 1.182 meios terrestres e 71 aéreos.  

"O BE responsabiliza o Governo pelo eventual agravamento da situação relativa aos fogos florestais, já que estamos no início de agosto e ainda há muito verão pela frente", lembrou Pedro Soares.

Segundo Pedro Soares, dos cinco helicópteros Kamov nos quais o Estado português investiu "cerca de 100 milhões de euros", "40% [duas aeronaves] estão no chão, sem levantar voo, à espera de reparação".

"Em junho, havia apenas um a funcionar, em julho dois e só em agosto é que há três [helicópteros]", lamentou.

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"Quando pensa o Governo, através do ICNF, proceder ao pagamento dos apoios em atraso desde junho passado?", perguntam os deputados bloquistas.

 

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