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Pedrógão: PSD culpa o Governo de "fugir à responsabilidade" com 103 famílias

Emídio Guerreiro assinalou que “ainda existem mais de 100 famílias, mais de um ano decorrido, sem telecomunicações nas suas casas” e, por isso, “não deixa de ser sintomático e preocupante que o Governo" diga que o parlamento "deve questionar o regulador sobre essa matéria”

O PSD acusou hoje o Governo de “fuga à responsabilidade” pelas 103 famílias que ainda têm ligações por repor, das 500 mil danificadas nos fogos florestais do ano passado, e de culpar o regulador das telecomunicações pela situação.

Em declarações à agência Lusa, o deputado social-democrata Emídio Guerreiro assinalou que “ainda existem mais de 100 famílias, mais de um ano decorrido, sem telecomunicações nas suas casas” e, por isso, “não deixa de ser sintomático e preocupante que o Governo" diga que o parlamento "deve questionar o regulador sobre essa matéria”.

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Falando após a comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, na qual o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, informou que existem 103 ligações por repor, isto mais de um ano depois dos fogos em Pedrógão Grande e quase um ano após os incêndios na região Centro, o eleito do PSD vincou: “Estamos a falar de um Governo que faz fila para poder entregar chaves nas inaugurações das casas, [cujas reabilitações] foram financiadas exclusivamente pelos donativos dos portugueses, sem recurso ao Orçamento do Estado”.

Entregar as chaves das casas, para as quais contribuíram zero para requalificar, o Governo está presente. Para resolver o problema de mais de 100 famílias que continuam sem comunicações, o problema é do regulador”, reforçou, considerando que isto “é de uma irresponsabilidade e é, sobretudo, de uma fuga à responsabilidade que merece ser sinalizada”.

Na audição, Pedro Marques notou que, das 103 comunicações por repor, 41 referem-se a casos em que os clientes rejeitaram a proposta das operadoras, 39 eram pessoas que ainda não tinha sido possível contactar e as restantes 20 têm a reinstalação agendada, isto segundo números da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) transmitidos ao executivo e que datam do dia 07 de setembro.

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O grande incêndio de junho de 2017 afetou sobretudo a zona de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, enquanto os fogos de outubro assolaram vários outros concelhos da região Centro.

Nas declarações à Lusa, Emídio Guerreiro falou também na “fuga à responsabilidade” do executivo no que toca à questão da ferrovia nacional, nomeadamente na empresa Comboios de Portugal - CP.

Estamos perante problemas do dia-a-dia de hoje e este Governo está em funções há três anos e só agora, face às dificuldades de hoje, apresenta um conjunto de medidas positivas para 2023 e para 2027”, criticou o social-democrata.

Já reagindo às críticas de Pedro Marques, de que o anterior Governo (PSD/CDS-PP) tentou privatizar a CP e a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), Emídio Guerreiro ressalvou que esse executivo “esteve em funções quatros anos” e se o quisesse fazer, “teria feito”.

O deputado lamentou ainda o atual estado do serviço, com comboios atrasados e suprimidos, que se devem a “um conjunto de pequenas situações e que são múltiplas de norte a sul”.

Por essa razão, concluiu que Pedro Marques tem a “incapacidade de ser politicamente humilde”, já que devia "dizer aos portugueses o que está a correr mal e pedir desculpa”, mas ainda não o fez.

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