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2013: A quase queda da Coligação, passo a passo (continuação)

Com Portas demissionário, o Presidente da República deu posse à nova ministra das Finanças, numa cerimónia em que estiveram o primeiro-ministro e seis ministros, nenhum deles do CDS-PP.

Nessa noite, manifestando-se surpreendido, demissão de Vítor Gaspare a sua substituição por Passos Coelho declarou ao país que não se demitia de primeiro-ministro, que considerava precipitado propor a exoneração de Portas e que iria procurar esclarecer o sentido da sua demissão e as condições de apoio político ao Governo.

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A perspetiva de rutura do acordo de coligação esmoreceu quando, no dia seguinte, 3 de julho, a Comissão Executiva do CDS-PP mandatou Portas para se reunir com Passos Coelho e encontrar «uma solução viável para a governação em Portugal».

Em dois dias, Passos Coelho e Portas chegariam a um «entendimento político», apresentado ao chefe de Estado a 5 de julho e ao país no dia 6. PSD e CDS-PP tinham acordado uma nova composição do Governo, em que Portas assumia o cargo de vice-primeiro-ministro, responsável pela coordenação económica, reforma do Estado e contacto com a troika e prometiam estabilidade governativa até ao fim da legislatura.

Contudo, a 10 de julho, Cavaco Silva fez uma comunicação ao país em que nada disse sobre essa proposta de remodelação e defendeu um «compromisso de salvação nacional» tripartido que estabelecesse um calendário para eleições antecipadas a partir de 2014 e assegurasse a conclusão do atual programa de resgate.

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Os socialistas aceitaram dialogar com PSD e CDS-PP, ressalvando que não integrariam o Governo sem eleições. As conversações duraram entre 14 e 19 de julho, quando o secretário-geral do PS, António José Seguro, deu esse processo por encerrado , responsabilizando a maioria pelo seu falhanço.

A 21 de julho, o Presidente da República confirmou a continuação em funções do XIX Governo: «Não tendo sido possível alcançar um compromisso de salvação nacional, considero que a melhor solução alternativa é a continuação em funções do atual Governo, com garantias reforçadas de coesão e solidez da coligação partidária até ao final da legislatura».

A crise do verão de 2013 ficou formalmente encerrada a 24 de julho, quando o novo elenco governativo , com Paulo Portas como vice-primeiro-ministro, tomou posse.

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