PUB
O ex-autarca da Câmara de Oeiras Isaltino Morais confessou-se, em entrevista no Jornal das 8 da TVI, "desiludido" com a Justiça, após ter sido condenado a dois anos de prisão por fraude fiscal e branqueamento de capitais.
O antigo ministro do Ambiente, que passou 14 meses na cadeia da Carregueira, em Sintra, e que lança esta sexta-feira o livro "A Minha Prisão", afirmou que foi condenado "sem prova nenhuma", apenas por "convicção" dos tribunais, e recordou o "sorriso" da juíza quando se mostrou arrependido no tribunal.
"Foi fácil transformar um autarca modelo num autarca corrupto. [...] Fui condenado sem prova nenhuma. O acórdão diz que não há nenhuma prova contra o arguido. [...] Não imagina o sorriso da juíza quando eu disse que estava arrependido."
PUB
Um arrependimento que Isaltino disse estar apenas relacionado com uma "falha ética" que, de resto, admitiu ter cometido: não ter declarado ao Tribunal Constitucional a sua conta na Suíça.
"A minha falha ética foi não ter declarado ao Tribunal Constitucional a minha conta na Suíça. Disse que estava arrependido de não ter declarado essa conta."
Marques Mendes, "um facilitador de negócios""Eu fui o primeiro português a quem um Presidente do Supremo disse que já devia estar preso. Imagine a pressão que as declarações de um Presidente do Supremo tem nos tribunais: se ele disse, tem que ser preso. Vendeu-se uma verdade que era mentira."
A vida na prisão e as caminhadas com Vale e AzevedoEu não lhe tenho ódio. Tento sempre desculpar as pessoas, justificar o comportamento das pessoas. Ele é apenas uma nota de pé de página neste livro. É um facilitador de negócios.
PUB
"Eu fazia marchas no pátio para emagrecer e Vale e Azevedo fazia um esforço para me acompanhar."
Atualmente, a política não está no seu "horizonte". O ex-autarca, que tem uma empresa de consultadoria, disse que está "no mercado", empenhado em desenvolver a sua atividade.
PUB