O líder do PCP considera que o recurso do país a uma intervenção financeira externa «não pode ser esse o elemento determinante para a convocação de eleições» legislativas.
«A vinda do FMI significaria uma factura mais dolorosa, mas não pode ser esse o elemento determinante para a convocação de eleições», disse Jerónimo de Sousa, citado pela Lusa, durante uma visita ao Salão Internacional do Vinho, pescado e Agro-Alimentar (SISAB), que decorre no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.
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Em entrevista ao jornal «i», publicada esta quarta-feira, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, defendeu que «se houver intervenção do FMI» no país «deve haver eleições». «Só esse elemento [intervenção do FMI], creio que é ter uma visão curta», criticou Jerónimo.
Instado a comentar a opinião do líder bloquista, Jerónimo de Sousa sublinhou que algumas das medidas preconizadas pelo Fundo Monetário Internacional já estão a ser implementadas em Portugal.
«Essa questão é um elemento, mas não pode ser um elemento determinante, até porque no essencial o FMI tem conseguido na prática ver implementadas no nosso país aquilo que anunciou, desde o corte dos salários aos apoios sócias, medidas de diminuição em relação à segurança social, mais liberalização e mais privatizações», afirmou.
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