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Jerónimo critica «amores de Verão»

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O candidato da CDU às legislativas referia-se ao apoio do PSD, PS e CDS às micro, pequenas e médias empresas

Jerónimo de Sousa, candidato da CDU às eleições legislativas, referiu-se, esta terça-feira à noite, ao apoio do PSD, PS e CDS às micro, pequenas e médias empresas como um «amor de Verão», que «fica enterrado na areia». No comício de Guimarães, o também secretário-geral do PCP condenou assim a «súbita preocupação que por aí anda com as micro, pequenas e médias empresas».

«Desconfiem destes amores de Verão, porque no dia em que tivessem os votos rapidamente os deixariam enterrados na areia», aconselhou, recordando o ditado popular que diz que os «amores de Verão ficam enterrados na areia e acabam quando o Verão acaba».

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Jerónimo disse ainda que o PS, o PSD e o CDS foram os «carrascos» das micro, pequenas e médias empresas, mas em tempo de campanha, «fazem juras de amor».

Apoio aos produtores de leite

O secretário-geral do PCP lembrou também a situação dos produtores de leite do distrito de Braga e pediu um apoio do Estado, no valor de cinco cêntimos por litro, para explorações até 100 vacas. «O Governo acha normal o encerramento de mais de três mil explorações leiteiras», acusou.

Jerónimo de Sousa referiu ainda a importação de 250 milhões de litros, «a preço de saldo», enquanto «as cooperativas portuguesas têm dezenas de milhões de euros por vender».

Prolongamento do subsídio de desemprego

Jerónimo de Sousa apresentou algumas das propostas do programa eleitoral do PCP, nomeadamente «aumento das pensões de reforma no sector público e privado».

E não se ficou por aqui: «defendemos o urgente aumento das pensões de reforma para o sector público e privado, o prolongamento do subsídio de desemprego no período de recessão económica e o pagamento de 100 por cento de remuneração nas licenças de maternidade, paternidade e adopção».

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Uma promessa vinda de Fátima

Durante o comício em Guimarães, Jerónimo de Sousa contou um episódio que viveu no caminho. Uma excursão «vinda de Fátima», com «gentes de Póvoa do Lanhoso», abordou a comitiva do PCP, na estação de Serviço de Antuã. «Compreendam que ficasse profundamente emocionado, que toda aquela gente da excursão tivesse uma manifestação de carinho, de afecto, de saudação, de entusiasmo... com alguns a dizer: "eu vou votar na CDU!"», confessou.

Jerónimo de Sousa arrancou também um aplauso da plateia, quando elogiou o deputado da CDU eleito pelo distrito de Braga, Agostinho Lopes, que «apresentou mais trabalho do que todos os outros deputados eleitos por este distrito».

«Parece que deu quebranto ao homem»

Já José Sócrates voltou a merecer duras críticas por parte de Jerónimo de Sousa. O líder da CDU diz que «o Sócrates que anda agora aí não é o Sócrates verdadeiro». «José Sócrates aparece por aí com um ar delicado, um ar arrependido, bonzinho. Até, como se diz na minha terra, parece que deu o quebrando ao homem. Vocês lembram-se da sua arrogância, do seu determinismo, do auto-convencimento da sua maioria absoluta, apontando o dedo acusatório à nossa bancada (... )?. Era um homem bastante arrogante, bastante convencido! Agora não, parece que se deu aqui um fenómeno de mudança da personalidade», considerou.

Jerónimo de Sousa dividiu a terça-feira entre o distrito de Lisboa e o de Braga. Logo pela manhã, participou numa arruada em Algés, concelho de Oeiras, de onde seguiu para um encontro com trabalhadores da CGD. Já a meio da tarde, esteve num convívio com cerca de 200 reformados, na Casa do Alentejo, em Lisboa, de onde saiu logo após o discurso, rumo a Guimarães.

Esta quarta-feira, as acções de campanha concentram-se durante a tarde, nos distritos de Lei

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