Já fez LIKE no TVI Notícias?

Jerónimo: declarações de Cavaco são «inaceitáveis e interesseiras»

Secretário-geral do PCP critica facto de Cavaco recuperar fantasma da crise política na campanha

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) acusa Cavaco Silva de estar a tomar uma posição «interesseira» ao recuperar durante a campanha presidencial o fantasma da crise política e da dissolução da Assembleia da República.

A acusação de Jerónimo de Sousa surgiu durante uma acção de campanha a norte, na fábrica Continental Marbor, em Lousado, Famalicão.

PUB

Jerónimo considerou «inaceitáveis e interesseiras» as declarações do actual Presidente da República, que advertiu para a hipótese de Portugal viver uma crise não só económica e social mas também política.

«São inaceitáveis estas declarações de Cavaco Silva. Toda a gente viu o esforço de Cavaco Silva, como Presidente da República, para apadrinhar este Orçamento do Estado, para forçar o entendimento entre PS e PSD. Mas passado pouco tempo, tendo em conta que o líder do seu partido anunciou que à pala do FMI estaria em condições para levar a eleições antecipadas o país, evoca o assunto», disse Jerónimo de Sousa.

Para o líder do PCP esta atitude de Cavaco Silva «devia constituir uma lição para o Partido Socialista».

«O PS fez o trabalho sujo e a direita numa posição oportunista disse ¿façam-no que nós cá estamos a seguir para manter a política de direita¿. É de um oportunismo tremendo em relação ao Partido Socialista», sustentou.

Questionado sobre se considera existir uma eventual concertação entre Cavaco Silva e o líder do PSD, Pedro Paços Coelhos, o secretário-geral do PCP não descarta a hipótese.

PUB

«Numa primeira fase ralhou com ele, mas agora está numa clara articulação com o líder do PSD», respondeu.

Para Jerónimo de Sousa o Partido Socialista também não está isento de culpas na actual situação do país.

«É evidente que o Partido Socialista pôs-se a jeito porque se identificou com esta política. A direita quer que o PS leve até ao fim esta política desgraçada de ataque aos direitos dos trabalhadores para que a direita depois capitalize, não para corrigir ou fazer melhor», explicou.

Em relação às presidenciais, Jerónimo de Sousa considera que ainda nada está resolvido.

«Nada está decidido. Até ao dia 23 muita coisa pode acontecer. Não são as sondagens nem os comentadores que decidem as eleições. O povo português continua a ser soberano no exercício e no direito de voto e nesse sentido estamos confiantes».

PUB

Últimas