O secretário-geral do PCP considera que as declarações do Presidente da República revelam «uma grande crispação institucional». Jerónimo de Sousa defendeu, esta quarta-feira, que o Governo deve esclarecer rapidamente a alegada violação dos serviços informáticos da Presidência.
«Foi uma intervenção com uma grande crispação e conflitualidade institucional», afirmou o líder do PCP à margem de uma «arruada» em Sines, no âmbito da campanha autárquica.
PUB
Jerónimo de Sousa apontou o «aumento de conflitualidade institucional num momento muito sensível da vida nacional», o que, considerou, «não contribui para a serenidade e para a discussão democrática daquilo que de facto inquieta os portugueses, esta situação económica e social».
O líder do PCP admitiu que «não há nada inviolável a nível informático», mas considera que o governo deveria procurar apurar se há ou não violação dos serviços da Presidência da República, tal como Cavaco Silva questionou.
«Ficaria bem ao governo. Aquilo que é normal não pode ser tomado como normalidade», sustentou, acrescentando que «o governo deveria sentir-se na obrigação e na disponibilidade de descansar o senhor Presidente da República».
«Se há violação, quem a faz? O governo tem condições de responder serenamente», disse.
Apesar da conflitualidade entre Governo e Presidência da República que o PCP considera existir, o líder comunista considera que isso não pode interferir na vida democrática, nomeadamente na tomada de posse do novo executivo que foi eleito no sufrágio de domingo passado.
PUB