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O secretário-geral do PCP defendeu este sábado que o Programa de Estabilidade anunciado pelo Governo é uma «versão ainda condicionada na sua brutalidade pelas eleições», argumentando que tanto o executivo como o PS «não disseram tudo».
No encerramento da VIII Assembleia da Organização Regional de Lisboa do PCP, no Fórum Lisboa, Jerónimo de Sousa atacou o Governo pelo anunciado Programa de Estabilidade e Plano Nacional de Reformas, mas também o PS que, acusou, tenta passar «entre os pingos da chuva».
«O que agora o Governo apresentou e anunciou é a versão ainda condicionada na sua brutalidade pelas eleições que estão à porta. Por isso não disseram tudo», afirmou o líder comunista.
«Não disse o Governo e não disseram outros. Não disse o PS, que tenta passar entre os pingos da chuva, mantendo a sua vinculação às orientações e instrumentos de submissão da governação económica da União Europeia e do euro e com as quais não querem romper», acusou.
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«O PS não pode manter o equívoco. Não pode querer sol na eira e chuva no nabal», sublinhou.
Para o PCP, não há saída «para uma vida digna» sem «rutura com as regras do tratado orçamental e do euro, sem renegociar a dívida, sem uma nova política, patriótica e de esquerda».
Na área da saúde, o secretário-geral comunista referiu-se à reportagem da TVI sobre as condições nos hospitais e nas urgências, apontando-a como um exemplo da «degradação da vida coletiva».
A próxima Assembleia da Organização Regional de Lisboa realiza-se dentro de quatro anos e até lá foi fixada uma meta de recrutamentos para o PCP de «mil operários e outros trabalhadores».
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