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PCP: candidatura própria não será «de faz de conta»

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Jerónimo de Sousa falou sobre as eleições presidenciais, mas ainda não anunciou qualquer nome

O secretário geral do PCP sublinhou esta segunda-feira que a candidatura comunista às eleições presidenciais não será «de faz de conta» e vai pretender combater o governo do PS e «o objectivo da direita de rasgar a Constituição», escreve a Lusa.

«Que fique claro, não é uma candidatura de faz de conta, não é uma candidatura para apoiar seja quem for, a não ser apoiar estes objectivos da defesa da democracia, do regime democrático, dos valores de abril, da justiça social», disse Jerónimo de Sousa, quando questionado sobre a possibilidade de o PCP vir a estar ao lado da candidatura de Manuel Alegre, candidato apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda.

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O líder comunista falava aos jornalistas na sede do PCP, em Lisboa, para apresentar o balanço da reunião do comité central, que decorreu no domingo e esta segunda-feira.

«A nossa candidatura travará a batalha em condições iguais com qualquer outro candidato. Aquilo que o comité central avaliou é dar força a essa candidatura para disputar no terreno, e com a perspectiva de ir a votos, com uma batalha que consideramos crucial», disse Jerónimo de Sousa.

Na reunião do órgão máximo do Partido Comunista entre congressos, a candidatura presidencial foi considerada como assumindo «particular centralidade», deixando críticas a Cavaco Silva, que disse estar «indissoluvelmente associado» à atual «forte ofensiva das forças associadas aos interesses do grande capital».

Ainda sem prazo definido para anunciar quem é o escolhido pela direção do PCP para avançar para as presidenciais ¿ será entre Agosto e Outubro, repetiu Jerónimo de Sousa -, os objectivos, no entanto, já estão traçados: a candidatura pretende «promover a confiança, o ânimo, a luta contra esta situação que vivemos».

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Será «uma candidatura que assuma os valores de Abril e um projecto que continue a estar consubstanciado na Constituição, defendendo-a e denunciando aquilo que está em curso», disse Jerónimo de Sousa, referindo-se ao que disse ser «o objectivo da direita económica e da direita política não de rever ou melhorar o texto constitucional, mas da sua descaracterização, designadamente na justiça, forças de segurança, forças armadas e constituição laboral e económica».

Jerónimo de Sousa sublinhou a «importância» de combater «esta política do governo do PS» e da «exigência de ruptura e de mudança, na defesa de mais justiça, progresso e desenvolvimento, que colide com aquilo que é a prática política deste governo do PS».

Quanto a isto, o responsável do PCP admitiu que «alguns candidatos» presidenciais enfrentam «uma contradição, mas que terão de ser eles a resolver».

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