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PCP convoca manifestação contra Governo

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Protesto agendado para 23 de Maio em Lisboa

O PCP convocou uma manifestação para 23 de Maio em Lisboa para contestar as políticas do Governo e «aberta a todos» que queiram mostrar a sua «indignação e descontentamento», anunciou esta segunda-feira o secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa.

«Uma grande manifestação política, uma marcha de protesto, ruptura e confiança, uma grande acção de luta por uma vida melhor» é objectivo da acção que será promovida dentro de dois meses pelo PCP, referiu o líder comunista, citado pela Lusa, numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

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A marcha pretende combater «as injustiças, o desemprego, a miséria e a corrupção» e «inscrever no horizonte mais próximo do povo português a necessária ruptura com a política de direita», adiantou Jerónimo de Sousa, que garantiu que a manifestação será «aberta a todos», sem articulações com organizações sindicais, nomeadamente a CGTP-IN.

«O nosso apelo não vai para estruturas, para organizações, vai para as pessoas em concreto, os trabalhadores e os reformados, para todos os que têm razões profundas para mostrar a sua indignação, os que estão preocupados com o curso do nosso país», declarou o secretário-geral do PCP.

«Ruptura»

Jerónimo de Sousa rejeitou que esta manifestação seja uma «resposta» ao primeiro-ministro, José Sócrates, depois da marcha organizada pela CGTP que reuniu mais de 200 mil manifestantes em Lisboa no dia 13 de Março.

«Ouvimos tantas queixas, tanto descontentamento, um sentimento de indignação tão profundo que este é um momento importante para assumir um protesto e a exigência incontornável para a ruptura com esta política que tem prejudicado o país», justificou.

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Apesar de o protesto ser convocado para dois dias antes do início da campanha para as eleições europeias (que se realizam a 7 de Junho), o PCP afirma que esta marcha irá «considerar a importância das batalhas eleitorais que se seguem», mas os seus objectivos «estão para além das eleições, projectando uma nova fase do processo de construção da ruptura com a política de direita».

Numa declaração dedicada ao «agravamento da situação nacional e a acção do Governo», o PCP considerou que nos últimos quatro anos o país se tornou «mais desigual, mais injusto, mais dependente e menos democrático», com «uma das mais dramáticas situações [a nível social] desde o 25 de Abril», uma realidade que «confirma o falhanço de todas as promessas do PS e a sua opção no favorecimento dos grandes grupos económicos e financeiros».

«A situação actual não comporta mais que se continue com a mesma política. Quando aquilo que o governo PS e outros têm para propor ao país é mais do mesmo, é o mesmo rumo de sacrifícios e exploração, é o empobrecimento e mutilação do regime democrático, é a abdicação dos interesses nacionais, é o agravamento das injustiças, são as mesmas políticas que estão na origem dos actuais problemas, então é hora de dizer Basta!», defendeu Jerónimo de Sousa.

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