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PCP critica «tentativas de controlo da comunicação social»

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Jerónimo de Sousa fez este sábado um balanço negativo da última década em Portugal, condenando ainda as «acções de ataque à democracia»

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, fez este sábado um balanço negativo da última década em Portugal, condenando as «acções de ataque à democracia», incluindo as «sistemáticas tentativas de controlo da comunicação social».

Na sua intervenção de encerramento do seminário «2000/2010: Dez anos de política de direita - exigência de ruptura», que decorreu hoje numa unidade hoteleira em Lisboa, Jerónimo de Sousa caracterizou de forma negativa a última década.

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«Uma década onde foi patente a intensificação de acções de ataque à democracia [...] e na gravosa ofensiva legislativa visando limitar a autonomia dos partidos políticos, particularmente do PCP, procurando condicioná-lo nas suas opções soberanas, mas também as sistemáticas tentativas de controlo da comunicação social como o evidenciam os recentes casos», declarou o líder comunista.

A referência a «tentativas de controlo da comunicação social» foram as únicas palavras proferidas por Jerónimo de Sousa em relação às recentes notícias que davam conta de um alegado plano, envolvendo o primeiro ministro José Sócrates, com o objectivo de controlar órgãos de comunicação social e, inclusivamente, condicionar a actuação do Presidente da República, Cavaco Silva.

Sobre essa matéria o PCP emitiu hoje um comunicado a exigir «um cabal esclarecimento por parte do primeiro-ministro» em relação às notícias de «alegadas pressões para determinar alterações e afastamentos favoráveis ao Governo e ao PS» na comunicação social.

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No balanço dos últimos 10 anos, Jerónimo de Sousa enumerou aquilo que considera serem «o espelho das consequências das políticas de direita», dando como exemplos o «desemprego avassalador, elevada precariedade, mais emprego não qualificado, mais dívida pública, mais endividamento externo», entre outros.

«Nestes 10 anos de políticas nacionais, em nome do equilíbrio das contas públicas e do combate ao défice deram-se também passos, como antes não se tinham dado, no ataque ao direito dos portugueses à saúde, à segurança social, à educação, à justiça e à cultura e se lançou uma brutal ofensiva global contra aspectos essenciais do nosso regime democrático», acrescentou.

Sobre o défice das contas públicas, Jerónimo de Sousa criticou a «dramatização a que estamos a assistir, que se empola e amplia a pretexto de tudo e de nada» e afirmou que «visa apenas preparar o terreno para novos e mais gravosos sacrifícios», que, diz o PCP, estão já preconizados no Orçamento do Estado para 2010 e se perspectiva que se possam «aprofundar drasticamente nos anos seguintes».

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