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PCP: Portugal deve renegociar a dívida enquanto é tempo

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Jerónimo de Sousa defendeu o país tem de evitar "sofrer consequências idênticas àquelas que estão a acontecer na Grécia".

Na sua intervenção no final de um almoço da CDU, que decorreu em Avões, no concelho de Lamego, Jerónimo de Sousa sublinhou que "a renegociação da dívida é incontornável", tendo em conta que esta "vai continuar a aumentar". O líder do PCP acusou o primeiro-ministro, Passos Coelho, de recusar "a realidade da necessidade de reestruturação da dívida", deixando o alerta de que "um dia será o povo português a dizer que não podemos pagar". No seu entender, a posição de Passos Coelho era expectável, já que "esteve sempre ao lado dos interesses dos poderosos". Ao longo do seu discurso, Jerónimo de Sousa apontou também o dedo ao PS nesta matéria, acusando-o de "varrer o problema para debaixo do tapete".

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu este sábado que Portugal deve renegociar a dívida enquanto é tempo, evitando que o país venha a "sofrer consequências idênticas àquelas que estão a acontecer na Grécia".

"Estamos todos conscientes de que esta dívida não é pagável, mais tarde ou mais cedo o problema vai pôr-se, por parte dos credores ou dos devedores que somos nós. Se forem os credores a determinar essa renegociação, inevitavelmente acabaremos por sofrer consequências idênticas àquelas que estão a acontecer na Grécia", alegou.

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"Não é preciso saber fazer contas: estamos com os juros da dívida de três por cento e um crescimento do PIB de um por cento, logo a dívida vai aumentar", acrescentou.

"Os credores não querem, mas nós como devedores também temos direitos. Qual é o problema se nos dirigirmos às instituições e procurar renegociar a dívida nos montantes, prazos e juros?", questionou.

"Não esperávamos que um governo, que defendeu esta política de exploração e empobrecimento e que esteve sempre alinhado com os poderosos contra os trabalhadores, tivesse agora um ato de consciência e fizesse um ato de contrição e estivesse do lado da renegociação da dívida", sustentou.

"Esta ausência do PS nesta necessidade absoluta do ponto de vista do interesse nacional, afirmação da soberania e desenvolvimento económico, é altamente comprometedora. Não quer uma verdadeira alternativa, mas apenas uma alternância do poder, como tem sido feito nos últimos 38 anos", concluiu.

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