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PSD e CDS "tomam-se por salvadores da pátria"

Jerónimo de Sousa em discurso após a marcha "A Força do Povo", que decorreu em Lisboa

O secretário-geral Comunista referiu ainda que, “naquilo que é estruturante, o Partido Socialista não propõe uma alternativa mas uma mera alternância”, acrescentando que, quanto a um consenso com os socialistas, “se é para entrar no pântano da alternância, ser apenas força fraca de apoio a essa política não podem contar com a CDU”. Também a deputada do partido “Os Verdes” interveio no final do desfile, tendo afirmado que “PSD e CDS chegaram ao Governo com base na mentira pura e dura”, pois “antes das últimas eleições garantiram que não aumentariam impostos, que não cortariam salários e afinal foi o que repetidamente fizemos durante todo o mandato”. A marcha “A Força do Povo”, que decorreu esta tarde entre o Marquês de Pombal e a praça dos Restauradores, em Lisboa, encerrou com a intervenção do secretário-geral do PCP e, segundo a organização, contou com 100 mil participantes.

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou neste sábado o PSD e o CDS de tentarem transformar “quatro anos trágicos de destruição e dramas” em “anos de grandes sucessos”, tentando tornar-se salvadores da pátria.

“O PSD e o CDS/PP, a tentar transformar quatro anos trágicos de destruição e dramas do seu governo, em anos de grandes sucessos, e quanto mais certa têm a sua derrota, mais se aprumam na empáfia e no triunfalismo, tomam-se por salvadores da pátria, essa mesma pátria que alienaram sem escrúpulos às mãos do estrangeiro e prometem agora segurança, estabilidade e previsibilidade, eles que desestabilizaram e infernizaram a vida a milhões de portugueses”, disse Jerónimo de Sousa durante a marcha “A Força do Povo”, organizada pela CDU que decorreu em Lisboa.

O líder comunista acusou ainda o PS de anunciar mudanças que são uma evolução na continuidade “porque dizem que não querem levar com a porta na cara dos mandantes”.

“Com o PS é a continuação do confisco nos salários, manutenção da brutal carga fiscal, facilitação dos despedimentos e da precariedade, congelamento de salários na Administração Pública e das pensões de reforma. São promessas de crescimento e de emprego que se esfumam em cenários construídos na estrita sujeição aos critérios e à visão do pensamento único, imposto pelos que se acham donos disto tudo”, afirmou o dirigente comunista.

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Jerónimo de Sousa acusou ainda os “programas dos partidos do arco do empobrecimento, do retrocesso, da dívida e dos negócios” de seguirem “os trilhos velhos da submissão do país aos interesses do grande capital económico e financeiro”.

“Nestes últimos tempos, e à medida que fica cada vez mais perto o dia das eleições legislativas, aí os temos a evoluir na arte do descaramento e da dissimulação, subindo a parada do ilusionismo político, na tentativa de disfarçarem os seus reais propósitos e projetos para o futuro”, sublinhou.

“Claro está que agora que se avizinham novas eleições legislativas procuram omitir muitas das medidas que têm em carteira, para prosseguir a sua política, custe lá isso o que custar ao povo, como o vergonhoso corte de pensões ou avanço mais direto para a privatização da água”, rematou.

Jerónimo de Sousa referiu que o desfile foi “uma grande demonstração da força do povo, que é possível que Portugal com a sua força encaminhe Portugal no sentido do progresso”.

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