O debate quinzenal desta quarta-feira, dia 1 de abril, começou a aquecer assim que arrancou. Falando dos números do desemprego, o primeiro-ministro foi interrompido pelo deputado do PS João Galamba, que falava a partir das bancadas. O episódio desencadeou um comentário do primeiro-ministro que mereceu resposta do líder da bancada parlamentar socialista.
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Passos Coelho dizia que não está em condições de falar sobre os números do desemprego, uma vez que o INE não deu fundamento para a revisão em alta para 14,1% da taxa, no mês de fevereiro. Das bancadas surgiram apupos de um deputado. O chefe de Governo nem esperou pela repreensão da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves e ironizou:
«Não sei quem é o deputado excitado; ah, é o senhor deputado João Galamba, mais uma vez»
Quando teve oportunidade de palavra, o líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, saiu em defesa de João Galamba, classificando o comentário de Passos Coelho de «deselegante».
«A sua deselegância politica e pessoal em relação ao deputado João Galamba não tem nenhuma espécie de aliança aqui nesta bancada. O senhor tem de respeitar todos os deputados e o deputado João Galamba é um grande deputado neste parlamento»
«Apesar de ser dia 1 tanto quanto sei o dr. António Costa deixa de ser líder da câmara para dedicar-se às tarefas da oposição»
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«Não estamos à espera de oportunidade. Não é dia das mentiras. É dia da verdade. É com muito gosto e honra que vemos o secretário geral do PS a dedicar-se à luta política e ir para esse lugar». O de primeiro-ministro, leia-se.
Enquanto a discussão aquecia, o deputado João Galamba comentou as palavras do primeiro-ministro no Twitter:
Outros temas em discussão
O primeiro-ministro considerou que a existência da lista VIP é «grave» e prometeu atuar, insistindo, no entanto, que o Governo não deu instruções ou qualquer tipo de «conforto» para que ela fosse criada.
Quanto ao desemprego entre os jovens, admitiu que a taxa de 35% ainda é muito elevada, mas defendeu que eles «têm hoje mais oportunidades».
Este confronto político surgiu no dia em que António Costa anunciou oficialmente a sua saída da câmara de Lisboa para se dedicar, em exclusivo, ao PS e à corrida para as legislativas. Este assunto foi abordado, logo à cabeça, pelo primeiro-ministro, com ironia, e deu azo a uma resposta pronta do líder parlamentar socialista, Ferro Rodrigues.
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