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O deputado do PCP João Oliveira começou o seu discurso no parlamento a afirmar que o Governo de Passos Coelho "era há muito um Governo derrotado e sem legitimidade para governar", que só se mantinha no poder por estar "agarrado a uma maioria parlamentar" e ter "a conivência do Presidente da República". Depois, protagonizou uma acesa troca de farpas com Miguel Santos, do PSD, assegurando que o PCP "não se vai colocar numa posição de incoerência" e que à esquerda "ninguém tentou quebrar a espinha" de outro partido, como PSD fez ao CDS.
"A derrota de PSD e CDS foi a confirmação eleitoral de que há muito este era um governo derrotado e sem legitimidade para governar contra o povo e a Constituição. Há muito que era um governo isolado e derrotado e só se mantinha no poder porque se agarrava a uma maioria parlamentar e contava com a conivência do Presidente da República."
"Depois das eleições de 4 de outubro PSD e CDS contam apenas com conivência do Presidente da República, mas isso não é suficiente para lutar contra a vontade do povo."
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Depois, um momento acalorado com Miguel Santos, do PSD. O social-democrata recordou os projetos de resolução apresentados pelo PCP na anterior legislatura, citando-os, e lembrando que na altura tiveram os votos contra também do PS. Em causa, os documentos sobre o Tratado Orçamental e sobre o salário mínimo, entre outros.
"Afinal quem é que dá o jeitinho? Há jeitinho ou não há jeitinho? PCP mantém discurso dogmático, ortodoxo, inalterável e inamovível. Aquilo que os senhores não querem falar: euro, Tratado Orçamental.. vão meter isto na gaveta?"
"Vocês habituaram-se a partir a espinha de outros partidos. Como fizeram ao CDS. À esquerda houve uma discussão séria. Ninguém tentou quebrar a espinha do outro por causa disso. Discutiram-se naquelas reuniões (entre PS e PCP para um acordo à esquerda) de forma muito aprofundada questões e problemas imediatos dos trabalhadores e do povo, que no final deste debate vão ter oportunidade de conhecer”.
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