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PCP quer avanços nas obras do IP2 paradas há oito anos em Évora

João Oliveira, líder parlamentar comunista, visitou obras paradas há oito anos de um troço do IP2, em Évora, e uma empresa inovadora na exploração dos mármores da região

O líder parlamentar comunista liderou esta quinta-feira uma comitiva que visitou obras paradas há oito anos de um troço do IP2, em Évora, exigindo a retoma daquele investimento, e também uma empresa inovadora na exploração dos mármores da região.

No primeiro de dois dias de jornadas parlamentares no distrito eborense, João Oliveira, teve como companhia o autarca local, Carlos Pinto de Sá, eleito pela Coligação Democrática Unitária (PCP/"Os Verdes"), na reclamação pela interrupção, em 2011, da construção de cerca de 30 quilómetros da via de comunicação que faz a ligação a Beja, na sua parte que circunda Évora.

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Temos vindo a insistir na Assembleia da República. É preciso uma avaliação do que é necessário fazer agora porque a maioria das obras de arte (pilares de viadutos em betão armado) estão inviabilizadas porque ficaram à mercê das intempéries. Há que reprogramar e lançar novos concursos para retomar o investimento, que é absolutamente essencial e urgente", disse, lamentando que o atual traçado do IP2, por exemplo, passe, no meio da cidade, por entre os dois edifícios que constituem o Hospital Espírito Santo.

Pinto de Sá também considerou as obras "urgentes e essenciais" para "desviar o trânsito do centro da cidade e aliviar a muita pressão de tráfego, em particular de mercadorias, incluindo materiais perigosos", recordando que a paragem nos trabalhos foi decidida ainda pelo Governo PSD/CDS-PP.

Já no Alandroal, a comitiva comunista visitou uma empresa de metalomecânica que produz equipamentos e maquinaria para as pedreiras locais, a MetalViçosa, parte de um grupo empresarial que se dedica à indústria da extração de mármores e outras rochas ornamentais, nas áreas da automação, hidráulica, pneumática, entre outras.

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Queremos contribuir para o desenvolvimento da região em termos tecnológicos e de produção industrial, tendo em vista a internacionalização dos produtos endógenos", resumiu o gerente da empresa local, António Jardim.

A MetalViçosa, em estreita colaboração com a Universidade de Évora, desenvolveu um projeto desde há dois anos e meio que visa aprimorar a avaliação dos blocos de pedra, catalogando-os e conferindo-lhes assim maior valor comercial, através do emprego de impulsos elétricos, ultrassons e fórmulas matemáticas e técnicas de imagiologia.

É como fazer uma espécie de ressonância magnética e dar um bilhete de identidade a cada bloco de pedra. Observa-se a sua densidade, os padrões, se tem ou não fissuras internas? Trata-se da ‘indústria 4.0'. Com este conhecimento científico aplicado podemos dominar melhor a matéria-prima", explicou o investigador Mouhaydine Tlemçani, de origem marroquina, mas há muito estabelecido na região.

O plano destes empreendedores é conferir valor acrescentado ao mármore original do Alandroal, Vila Viçosa e Estremoz, em vez de a produção ser escoada a preços inferiores para Itália, por exemplo, onde depois é tratada e vendida como "mármore de Carrara" a preços muito mais elevados.

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