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O líder parlamentar do PCP antecipou esta sexta-feira várias "artimanhas" do anterior Governo PSD/CDS-PP por descobrir, como os problemas assinalados pela Unidade Técnica de Acompanhamento Orçamental (UTAO) quanto ao cumprimento da meta do défice.
o défice"Uma vez demitido o Governo PSD/CDS, vão descobrir-se todas as artimanhas e falsidades da propaganda do anterior Governo, que já tinha falhado todas as metas que tinha fixado, quer para o crescimento económico, quer para o défice orçamental, em todos os anos", afirmou João Oliveira, nos passos perdidos do parlamento.
"Ao fim de 11 meses de execução orçamental, vir querer imputar alguma responsabilidade por aquilo que aconteceu nos dois meses depois das eleições, é perfeitamente absurdo."
"Lembramo-nos bem de Paulo Portas [ex-vice-primeiro-ministro], há um ano, dizendo que pela primeira vez, em 2015, Portugal teria um défice abaixo dos 3%. Mais uma vez, as metas que o próprio Governo fixou vão ser incumpridas", insistiu João Oliveira.
Para o parlamentar do PCP, o "pior" é que "as metas não são incumpridas porque o Governo tenha dado resposta aos problemas do país, dos trabalhadores e do povo", pois "a resposta aos problemas sociais continua por dar".
"O Governo ocultou despesa que já sabia que ia ter, portanto, utilizou a dotação provisional e a reserva orçamental para fazer face a despesas correntes que já sabia que ia ter, para sustentar aquele cenário de uma meta de défice abaixo dos 3%, e, por outro lado, sobrestimou a capacidade de arrecadação da receita que não corresponde à situação económica que nós temos", afirmou.
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