O deputado do PTP José Manuel Coelho recusou calar-se, esta quinta-feira, depois de terminado o tempo para a sua intervenção na assembleia legislativa da Madeira, o que levou à suspensão dos trabalhos parlamentares.
Na sua intervenção, José Manuel Coelho alertou para alegadas situações de “corrupção” e de “aliança do poder judicial com o poder político”.
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No final do tempo a que tinha direito, e depois de advertido para terminar a sua intervenção, não acatou a indicação, pelo que lhe foi cortado o som. José Manuel Coelho pegou então num megafone e continuou a falar, o que levou à suspensão dos trabalhos, decidida pelo presidente da Assembleia Legislativa, Tranquada Gomes.
O deputado do PRP falou em alegadas relações entre o poder politico e o poder judicial, que acusou de decidir em benefício "dos gatunos" e da "camorra napolitana" regional, cita a Lusa.
O deputado revelou ter o seu IRS penhorado em 2.944 euros por denunciar alegadas situações de corrupção devido à "promiscuidade" entre o poder político e judicial.
Apesar da interrupção dos trabalhos, José Manuel Coelho não se calou e continuou a falar perante alguns deputados que permaneceram na sala.
A conferência de líderes dos grupos parlamentares da ALM debateu a seguir o que se passou e lamentou o "comportamento ilegal e antidemocrático" do deputado do PTP.
A conferência dos Representantes deliberou, também, "parecer urgente" à Procuradoria-Geral da República sobre a conduta de José Manuel Coelho, alegando que "em desrespeito total pelas regras de normal funcionamento da Assembleia Legislativa da Madeira e pelas instruções da Mesa, impediu que o plenário funcionasse dentro da normalidade", disse o presidente da Assembleia, Tranquada Gomes.
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