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BE: Passos propõe «manobra de diversão»

José Manuel Pureza considera «inoportunas» as propostas de Pedro Passos Coelho para alterar a Constituição e alargar poderes do PR

Para o líder parlamentar do BE as propostas de Passos Coelho para alterar a Constituição são uma «manobra de diversão completamente fora daquilo que são as preocupações centrais das pessoas».

O líder do PSD propõe poder mudar o Governo sem haver eleições. José Manuel Pureza, citado pela Lusa, diz que esta proposta é «inoportuna» e situa-se numa «área completamente lateral àquilo que é nesta altura o conjunto de preocupações centrais das pessoas».

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«Não há rigorosamente nenhum cidadão comum que no seu dia a dia veja numa alteração da arquitectura de poderes constitucional um contributo útil para a resolução dos problemas fundamentais da sua vida», que neste momento são «os impactos da crise económica e social», considera o deputado do BE.

«O PSD, que se juntou ao Governo na aprovação do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), co-responsável por medidas de austeridade crescentes, vem agora criar uma manobra de diversão para se discutirem coisas que são absolutamente laterais relativamente àquilo que verdadeiramente preocupa as pessoas», lamentou Pureza.

Mais, o dirigente bloquista acredita que não há «nenhum descontentamento generalizado na sociedade portuguesa, nem nenhuma crítica acesa relativamente ao equilíbrio de poderes entre presidente, assembleia e governo», considerando ser «inoportuno e acima de tudo vem situar-se completamente fora daquilo que são as preocupações centrais da pessoas».

Rui Machete aplaude

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Já do lado do PSD, o presidente do Conselho Nacional do PSD, Rui Machete, concorda com as propostas de Passos Coelho.

«No fundo, trata-se do Presidente da República poder demitir o Governo não apenas, como neste momento acontece, quando está em causa a estabilidade do sistema democrático, quando há risco para o sistema das instituições democráticas, mas também por razões políticas que não exigem propriamente uma situação tão dramática como esta, mas uma situação grave», sustentou Machete à Lusa.

Para o fundador do PSD, «não há outro sistema político melhor que o democrático, mas a democracia tem um problema: quando se tomam medidas impopulares muitas vezes os partidos que no cumprimento do seu dever patriótico tomam essas medidas impopulares são depois castigados nas eleições seguintes».

Machete acrescenta que «isso leva a que os políticos tenham algumas reticências ou não tomem as medidas que são necessárias para o bem comum», justificando assim o aumento de tempo de mandato para o Executivo sugerido por Passos Coelho.

«Como o Presidente da República tem um período diferente de eleição e é uma pessoa só, isso dá uma outra capacidade e estabilidade ao sistema político e essa é a razão principal pela qual eu entendo que se justifique reforçar os poderes do Presidente da República», disse ainda Rui Machete.

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