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A direção do PSD considera que as propostas apresentadas esta terça-feira por um grupo de trabalho socialista já foram idealizadas por José Sócrates, na «mesma folha de cálculo». Por isso, segundo Matos Correia, fica agora «uma sensação de regresso ao passado».
«Vale a pena recordar que, pouco antes das eleições de 2009, o PS prometeu mundos e fundos, prometeu aumentar salários e pensões sociais e, com isso, gerar crescimento. Todos sabemos o que sucedeu a seguir».
«Em 2009 a desculpa foi que era preciso gastar mais para que o país pudesse combater a crise. Agora a desculpa é que pretende acabar com a austeridade. A desculpa é, portanto, a mesma e a atitude é idêntica».
«Gastar o que não temos e no futuro os portugueses pagarão a conta. Troca o certo pelo incerto. Corta na receita e aumenta a despesa e tem o palpite que as coisas se resolverão por si só. É caso para dizer que se trata do programa do “logo se vê”».
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«Se acreditássemos que o caminho alternativo ou pseudoalternativo que o PS agora propõe fosse fazível, tê-lo-íamos proposto. O caminho do PS não é credível, não é alternativa real. E não é por acaso que vai ao arrepio de tudo aquilo que tem sido sugerido por todas as instituições internacionais».
Matos Correia frisou que o PSD dá por adquirido que o PS vai assumir no seu programa eleitoral as medidas hoje apresentadas, «senão está a brincar com os portugueses».
«No que diz respeito ao detalhe das medidas, é óbvio que eu não vou aqui antecipar o que é o programa do PSD que está a ser preparado».
Contudo, Matos Correia fez questão de voltar a criticar a decisão do PS de se desvincular da redução gradual do IRC, sustentando que «esse é um aspeto fundamental», pois «não há nenhum país que consiga crescer em termos sustentáveis e em termos rápidos se a carga fiscal sobre as empresas for aquela que é em Portugal».
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