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Sócrates acusa Passos Coelho de «cobarde ataque pessoal»

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A partir da prisão, em Évora, o ex-primeiro-ministro respondeu por escrito ao discurso de Passos Coelho nas jornadas parlamentares do PSD

Sócrates respondeu ao discurso de Passos Coelho durante as jornadas parlamentares do PSD, no Porto. Na carta entregue à TSF pelos seus advogados, o ex-primeiro-ministro acusa o atual de «cobarde ataque pessoal» depois de Passos Coelho ter afirmado que nunca usou o cargo «para enriquecer, para prestar favores ou para viver fora das suas possibilidades», nem para nomear alguém por favor ou traficar influências.

Em quatro parágrafos, Sócrates acusa o primeiro-ministro de um «cobarde ataque pessoal», que não o surpreende, por usar o processo que o envolve (Sócrates) como arma de luta política, e considera que as palavas de Passos são uma tentativa de condicionamento do resultado das próximas eleições. Aproveita ainda a missiva para esclarecer que não enriqueceu, nem beneficiou ninguém, enquanto foi primeiro-ministro.

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Sócrates afirma ainda que não espera que «o senhor Primeiro-Ministro, para quem manifestamente vale tudo, compreenda o valor da presunção de inocência num Estado de Direito, a extrema importância do respeito pelo princípio da separação de poderes e muito menos que entenda que, no meu caso, não só ainda nada foi dado como provado como não foi sequer deduzida qualquer acusação.»

Para o ex-primeiro-ministro, esta é a prova «agora clara aos olhos dos portugueses» de que o processo que o envolve tem contornos políticos.

«Esta forma de fazer política diz tudo sobre quem a utiliza», considerou o ex-líder do PS na carta.

José Sócrates considera ainda que Passos vive um «momento desesperado face às acusações de incumprimento de obrigações contributivas» e que «ao atacar um adversário político que está na prisão a defender-se de imputações injustas, Passos não se limita a confirmar que não é um cidadão perfeito, antes revela o carácter dele e o quanto está próximo da miséria moral».

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O antigo primeiro-ministro deixa ainda um apelo a Passos Coelho: «Em vez de atirar lama para cima dos outros, faria melhor em explicar aos portugueses se ele próprio cumpriu ou não cumpriu a lei.»

O ex-primeiro-ministro José Sócrates acusou na quarta-feira o seu sucessor na chefia do Governo, Pedro Passos Coelho, de estar "próximo da miséria moral”, ao criticar o discurso deste no encerramento das jornadas parlamentares do PSD.

A acusação de Sócrates foi feita em mais uma carta escrita no estabelecimento prisional de Évora, onde está detido desde novembro por suspeita de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.

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