José Sócrates convidou Passos Coelho, quando este estava na oposição, para formar Governo. «Falei duas ou três vezes ao então líder da oposição nessa possibilidade. Isso foi recusado porque o líder da oposição queria ser primeiro-ministro», revelou numa entrevista à radio TSF.
Agora que Pedro Passos Coelho está no poder, conhece o sabor dessa rejeição: «Muito bem, agora é primeiro-ministro. Mas agora é o líder do PS que lhe diz, dois anos depois, que não aceita ir para o Governo nestas circunstâncias, o que eu compreendo muito bem».
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Uma entrevista a propósito do livro sobre a tortura que o ex-primeiro-ministro vai lançar esta quarta-feira, mas que foi um abrir do livro do José Sócrates acerca da vida política portuguesa entre os dias do fim do seu mandato e a atualidade.
A hipotética revisão constitucional também lhe mereceu uma leitura: «José Sócrates afirma que um cenário de revisão constitucional deve ser, a esta altura, a linha vermelha de Seguro. «Espero uma oposição frontal, porque todos aqueles que acham que se deve transformar a Constituição num centro de disputa política, estão a cometer um erro», conta a TSF.
O antigo governante vê no horizonte um cenário de «eleições» antecipadas em caso de segundo resgate ou programa cautelar. «Isso passará naturalmente por eleições e verdadeiramente acho que é o que o país precisa».
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