O deputado socialista João Soares considerou injusta a medida de coação de prisão preventiva aplicada a José Sócrates, salientando estar preocupado com a «promiscuidade entre política e os negócios e entre a Justiça e a comunicação social».
«Considero injusta a medida de coação de prisão preventiva aplicada (...) a José Sócrates. Conheço há muito e confio, como cidadão e advogado, em João Araújo, advogado de José Sócrates. Portanto, quero crer que essa medida é, como João Araújo disse, injustificada», escreveu João Soares na sua conta pessoal no Facebook.
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«Desde o momento da sua detenção, e durante três dias, a investigação foi libertando para a comunicação social os factos que considerou necessários divulgar para fundamentar, junto da opinião pública, a medida de coacção mais gravosa. A cirurgia foi feita de tal forma que dispensou, no comunicado do Tribunal, a divulgação dos fundamentos da prisão preventiva. Enquanto cidadão, preocupa-me tanto a promiscuidade entre a política e os negócios, como entre a Justiça e a comunicação social», refere no Facebook
Aos jornalistas, no Parlamento, João Soares acrescentou que o PS deve «assumir» esta «dificuldade».
«O PS tem uma grande vitalidade e tem de ser capaz de fazer face às dificuldades que resultam desta situação, como já fez noutros momentos da sua história. Claro que é um momento muito difícil, o que é preciso é pensar no futuro e nos combates políticos que temos para fazer (…) É obviamente uma dificuldade que tem de ser assumida como tal. Já passámos por dificuldades tão grandes ou maiores».
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«Uma pessoa que foi primeiro-ministro não deve ser presa naquelas circunstâncias, a menos que se trate de um crime de sangue em flagrante delito».
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