Valentim Loureiro anunciou esta sexta-feira que não vai pedir o apoio do PSD, ou do PS, na recandidatura ao cargo de presidente da Câmara de Gondomar como independente nas próximas eleições autárquicas, escreve a Lusa.
Valentim Loureiro, que admite apoiar a recandidatura do actual primeiro-ministro José Sócrates, cujo trabalho considera «positivo na globalidade», defende que isso «não implica que espere o apoio dos socialistas».
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«O PS de Gondomar tem gente com qualidade para se candidatar à câmara», sublinhou.
«Quando me pronuncio publicamente sobre a actividade dos Governos, de qualquer um, tenho em conta o bom relacionamento que tenho com eles e os apoios que dão a Gondomar, independentemente do partido», acrescentou.
Valentim Loureiro falava à Lusa no final de um passeio de idosos de Gondomar ao santuário do Sameiro, em Braga, uma actividade que a autarquia desenvolve anualmente e que envolve mais de sete mil pessoas.
Convite a Valentim deve partir da direcção do PSD
Valentim admite apoiar... Sócrates
O autarca salienta que o actual Governo não «deu» nada de especial a Gondomar que justifique um grande apoio da sua parte, mas sustenta que, «em termos de política geral» está de acordo com muitas das coisas que tem feito.
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«Tenho simpatia pela política que este Governo tem feito para o país...», disse.
Valentim garante que tem boas relações, quer no PS quer no PSD, mas lembra que Sócrates, enquanto ministro do Ambiente, teve um gesto de apoio, «ao proferir um despacho, dando, também, um programa Polis a Gondomar...».
Sobre as suas relações com os antigos primeiros-ministros assinala que teve «bom relacionamento com Durão Barroso», mas lembra que, o que mais «deu» ao concelho de Gondomar foi Cavaco Silva.
Valentim Loureiro assegura, no entanto, que não vai fazer campanha pelo PS nas eleições legislativas deixando, para a ocasião, uma decisão sobre a possibilidade de fazer campanha apenas por José Sócrates.
«Há coisas neste Governo com as quais não estou de acordo, mas na generalidade eu gosto da governação do Engenheiro Sócrates», salientou.
Não está preocupado com o PSD
Valentim Loureiro afirma-se social-democrata, desde os tempos de Sá Carneiro, mas garante que «não está nada preocupado com o que se passa no PSD», já que foi o partido que não o quis como militante e candidato autárquico.
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«Continuo fiel aos princípios da social-democracia, mas, embora conheça as pessoas que dirigem o PSD, a quem desejo as maiores felicidades, não volto a preencher uma ficha do PSD ou de qualquer partido», afirmou.
Acentuou que foi o presidente do PSD, Marques Mendes, que não o quis apoiar nas últimas eleições autárquicas, manifestando-se convicto de que terá o apoio maioritário dos eleitores de Gondomar na próxima ida ás urnas.
O autarca, que se candidatou como independente nas últimas autárquicas onde obteve uma larga maioria absoluta, garante que «nunca abriu o envelope que a Comissão de Jurisdição do PSD lhe enviou», onde era excluído do partido.
O presidente da Câmara de Gondomar sustentou que se recandidata a «um último mandato» por amizade e solidariedade com os gondomarenses e para terminar a «obra de progresso» que começou há 20 anos.
«Quando agora o Governo fala em computadores nas escolas básicas, em Gondomar já há quatro em cada sala de aula», salientou.
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