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Bela Vista: «Firmeza com os delinquentes», diz Sócrates

PM diz que problemas sociais não são «desculpa» para disparar contra a polícia

Os confrontos no bairro da Bela Vista foram um dos temas centrais do debate quinzenal desta quarta-feira na Assembleia da República, com o primeiro-ministro a defender «firmeza» e ausência de «desculpas» para os «delinquentes» da Bela Vista, considerando que «não há justificação social nenhuma para quem dispara contra a polícia».

O primeiro ataque a actuação do Governo em matéria de segurança partiu de Francisco Louçã que questionou directamente José Sócrates sobre a situação «dramática» na Bela Vista e o «sequestro» das populações pela violência e exclusão social. O primeiro-ministro respondeu e acusou Louçã de «demagogia básica e irresponsável», defendendo «firmeza» para aqueles que violam a lei.

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O líder do Bloco de Esquerda questionou o primeiro-ministro sobre se estaria disposto a aprovar «um pacote de emergência que possa trazer pão e emprego para acabar com os guetos no país inteiro». Sócrates retorquiu, afirmando que as «populações não estão sequestradas pela pobreza, mas sim pela violência de alguns membros». O primeiro-ministro defendeu ainda que é «inadmissível que alguém dispare sobre a polícia democrata» e que «não há desculpas» para comportamentos «delinquentes».

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Jerónimo de Sousa chamou a debate as questões sociais, alegando que estão na origem dos conflitos na Bela Vista e que são o «adubo» da violência. No entanto, o primeiro-ministro recusou que os «problemas sociais sirvam de desculpa para a violência e defendeu que «nunca houve tantas políticas sociais como agora».

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O primeiro-ministro considerou ainda que «o desemprego não é justificação de actos abusivos» e o que é «abusivo» é «considerar os desempregados como delinquentes. Os desempregados são gente de bem», disse.

Em matéria de segurança, Paulo Portas há muito que ataca o executivo de José Sócrates, voltando esta quarta-feira, a relembrar que o CDS-PP já alertou para esta realidade e que a política do Governo é «incompetente em matéria de segurança e é o país que está a pagar».

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