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BE quer que Governo preste contas antes de acordo

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Louçã prometeu ainda uma «contra-ofensiva» de «propostas concretas»

O líder do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, defendeu este sábado a necessidade de o Governo «prestar contas» antes de concluir «qualquer acordo com as instâncias internacionais» e prometeu uma «contra-ofensiva» de «propostas concretas», escreve a Lusa.

«Com o governo queremos que haja uma resposta clara sobre o rumo que está a propor para o país. Por isso mesmo, antes que se conclua qualquer acordo com as instâncias internacionais, entendemos que o Governo deve prestar contas e o BE obriga-se ao esforço de apresentar alternativas, soluções, respostas para que possamos encontrar uma alternativa à bancarrota», disse.

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Depois de votar na sede do BE para a eleição dos delegados à VII Convenção bloquista, que decorre no próximo fim-de-semana, Francisco Louçã frisou que a proximidade das eleições legislativas antecipadas reforça a necessidade de «toda a clareza ser garantida aos portugueses».

«O Governo, pela voz de José Sócrates, disse há dois dias que ainda não tinha começado a parte do acordo político, que se tratavam de consultas técnicas. Muito bem, nos próximos dias a troika apresentará ao governo um catálogo de medidas como fez na Grécia e na Irlanda e em poucos dias esse processo será concluído», comentou.

E acrescentou: «Já sabemos que o PSD e o CDS aceitam todas aquelas medidas, cortar nas pensões dos reformados, reduzir os salários, facilitar os despedimentos. O BE não aceita. Mas não nos limitamos à recusa. O país precisa do esforço de alternativas concretas para uma política contra a bancarrota e em nome do emprego».

Na semana em que deverá ser avançada a «proposta da troika» e «começam as eleições», Francisco Louçã prometeu que a «força da esquerda vai começar a ser vista».

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«A partir de agora começa a contra-ofensiva. Até agora foram as semanas do medo. Agora começa a ofensiva e a resposta e o BE vai à luta na apresentação de propostas concretas para mostrar o que é a força de um compromisso pelo emprego», prometeu.

No início da próxima semana, prosseguiu, «o BE apresentará a cada dia uma proposta» em áreas como segurança social, emprego, precariedade, agricultura e política energética.

«Para que possamos mostrar claramente toda a alternativa do combate da esquerda contra esta ideia da degradação da economia que o PS e as forças de direita, amarradas à troika do FMI têm vindo a desenvolver», comentou.

O líder do bloco repudiou ainda a sugestão avançada pelo antigo ministro das Finanças Eduardo Catroga ¿ que em declarações ao semanário Expresso disse que «o fartar vilanagem de Sócrates foi uma tragédia nacional» e que «as gerações mais jovens deviam pôr este Governo em tribunal».

«Não vale a pena brincadeiras eleitorais. Acho que é mesmo de uma irresponsabilidade um pouco infantil (...) Hoje quem tem que decidir o nosso futuro somos todos, é na democracia e não nos tribunais que decidimos, que decidimos o que queremos para o país», comentou.

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