Luís Amado acha que o PS deve ser uma «oposição responsável» e um «factor de estabilidade política» que ajude o país a sair do impasse em que mergulhou.
«O que está em causa é garantir estabilidade política no quadro da estabilidade governativa que um governo maioritário tem e que um governo minoritário não tinha. É bom que os partidos que têm mais afinidade programática e ideológica e uma visão mais próxima da matriz de governação económica que a Europa reconhece possam governar e que o Partido Socialista seja um factor de estabilidade política que ajude à estabilidade governativa», explicou o ainda ministro dos Negócios Estrangeiros à Lusa.
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Três é de mais
Luís Amado considerou positiva a «clarificação» verificada na vida política portuguesa e, quando questionado pelos jornalistas, afastou a ideia de uma solução governativa alargada. «Defendi uma grande coligação quando era fundamental para evitar uma situação como a que hoje temos. Tinha, e tenho ainda hoje, a convicção que uma grande coligação reformista poderia ter salvo o país», mas adiantou que esse cenário governativo está hoje fora de questão.
É o adeus de Amado à política. O ministro, que já tinha manifestando vontade de deixar a governação e não integrou as listas de candidatos a deputados às eleições de domingo. No futuro, «não terá qualquer responsabilidade política», garantindo que a sua acção passará pela intervenção cívica.
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