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Bloco de Esquerda critica elogios de Jaime Gama

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Alberto João Jardim «é um exemplo supremo na vida democrática», segundo o presidente da AR

O deputado do Bloco de Esquerda-Madeira, Roberto Almada, considerou esta terça-feira ser «grave» que o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, tenha elogiado o regime político na Madeira em vésperas das comemorações do 25 de Abril de 1974, noticia a agência Lusa.

«Mas o grave é que, praticamente no mês de Abril, o mês da liberdade, a segunda figura do Estado português afirme que Jardim é «um exemplo supremo na vida democrática», relevando dessa forma «os graves atropelos à democracia, à autonomia, à liberdade de expressão e aos direitos de cidadania na Madeira», disse o deputado na sua intervenção na Assembleia Legislativa.

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O presidente da Assembleia da República elogiou sexta-feira a obra de Alberto João Jardim e o regime na Madeira quando falava na sessão de abertura das XI Jornadas da ANAFRE - Associação Nacional das Freguesias.

«Bajulação subserviente»

Roberto Almada criticou também a «bajulação subserviente» do presidente do Governo Regional ao ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, que na sexta-feira esteve reunido com Alberto João Jardim : «esta espécie de orgia, rocambolescamente transformada numa inesperada ménage à trois, contrasta com a dureza das autênticas Intifadas com que o presidente do governo tem brindado o Governo da República».

Para Roberto Almada, o presidente do Governo Regional «comportou-se como habitualmente se comporta quando tem de privar com os inimigos do dia-a-dia: como um cãozinho assustado, que ameaça morder os transeuntes quando eles estão longe, mas que mete o 'rabo entre as pernas' quando deles está próximo».

«Se a Madeira tivesse mísseis não temos dúvidas que Sócrates, Silva Pereira, Jaime Gama já teriam levado com um 'balázio' daqui para lá», ironizou.

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PS junta-se às críticas

Na ocasião, o presidente do PS-Madeira, João Carlos Gouveia, referiu que Alberto João Jardim não era «um Bokassa, nem um paladino da democracia e da liberdade», lembrando que Bernardo Martins, seu colega de partido no hemiciclo, não era vice-presidente da Mesa da Assembleia Legislativa por alegadas «instruções» do líder do PSD-Madeira e presidente do Governo Regional.

Por nunca ter conseguido os votos suficientes, o PS-M não tem um vice-presidente na Mesa da Assembleia Legislativa apesar do Regimento prever essa possibilidade.

O deputado do PSD-M, Moreira de Sousa, que na sua intervenção havia elogiado a postura do presidente da Assembleia da República, contrapôs dizendo que as críticas dos socialistas madeirenses a Jaime Gama ponham «em causa a futura vinda de dirigentes nacionais do PS à Madeira».

Facto desmentido por um dirigente do PS-M, que adiantou à Agência Lusa que Santos Silva foi convidado pelos socialistas madeirenses a participar nas comemorações do 25 de Abril.

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