O deputado socialista Arons de Carvalho considerou esta sexta-feira «sintomático» que no dia em que o PSD acusou o Governo de não promover a democracia, o líder do PSD/Madeira ataque os jornalistas por serem independentes e isentos, informa a Lusa.
«É sintomático que no dia em que o PSD acusa o Governo de não promover a liberdade e a democracia, o líder do PSD da Madeira dê um exemplo de desconfiança perante o papel da comunicação social», afirmou Arons de Carvalho, numa reacção à decisão de Alberto João Jardim de restringir o acesso dos jornalistas ao XII Congresso Regional do PSD, que começa sábado no Funchal.
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Apenas serão abertas à comunicação social as sessões de abertura e de encerramento do Congresso do PSD/Madeira.
«Isso significa que não temos confiança no relato objectivo e verdadeiro por parte de alguns empregados na comunicação social», justificou Alberto João Jardim, sublinhando que «as pessoas querem estar à vontade».
«Se a classe não deixasse estar lá dentro pessoas que não deviam estar, se calhar a porta estava aberta», acrescentou.
Instado a comentar estas declarações, Arons de Carvalho lamentou o «exemplo de desconfiança» dado por Alberto João Jardim ao atacar os jornalistas por serem independentes.
«Ataca os jornalistas porque são independentes, isentos e, na região autónoma da Madeira, mesmo corajosos», sublinhou Arons de Carvalho, antigo secretário de Estado da Comunicação Social nos executivos socialistas de António Guterres.
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