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Jardim: incêndios são obra de «terrorismo» do «mais reles»

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O presidente do Governo Regional disse este domingo que os incêndios que a Madeira sofreu nos últimos dias são obra de «terrorismo» dos «desesperados» e que cabe às forças policiais «fazer o seu trabalho», escreve a Lusa.

Alberto João Jardim fez esta observação à margem da cerimónia religiosa de Nossa Senhora do Monte, quando confrontado com a vaga de incêndios que atingiu a Madeira: «Há aqui pistas, há aqui gente que nunca aceitou a nossa política de florestação, a polícia tem muita pista por onde pegar.»

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Para o governante madeirense, «é terrorismo, é o caso do que a América Latina chama de os desesperados, os tipos que estão contra a sociedade, estão contra tudo e todos e, portanto, um dos seus actos de desespero é lançar a destruição».

«Terrorismo não é só pôr bombas, isto que se está a passar também é terrorismo, claro que há pistas que têm de ser seguidas e aprofundadas», considerou.

Realçou que «as forças de investigação criminal têm que se deixar de preocupar com a política e fazer o seu trabalho».

Classificou os incêndios de obra de «canalhedo, do que há de mais reles numa sociedade». «Quem faz uma coisa destas é o que há de mais baixo e mais reles, são estas pessoas que não podem ter lugar numa democracia», reforçou.

Alberto João Jardim defendeu ainda mudanças na área da Justiça que permitam a punição dos pirómanos: «As forças policiais têm uma certa razão, primeiro as leis são anedóticas em Portugal, e, em segundo lugar, a aplicação dessas mesmas leis demora o tempo que demora, as pessoas são soltas mesmo altamente indiciadas com a prática do crime de fogo posto, isto não funciona. Mas eu digo isto há 30 anos.»

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«Ou há uma revisão da Constituição, ou isto fica, mais cedo ou mais tarde, como ficou no Estado Novo: os que são pelo regime e os que são contra o regime», sustentou.

Defendeu ainda a denúncia sempre que as pessoas estejam perante actos de pirómanos, porque «aqui não é bufaria, aqui é legítima defesa de todos, é legítima defesa de um património que é colectivo», mas recusou a justiça popular.

«Mesmo que eu concordasse, não podia defender porque estamos num Estado de Direito, é um mau Estado e o Direito é mau, mas estamos num Estado de Direito», constatou.

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