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Alegre: «Nunca fui dar o nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento»

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Manuel Alegre defendeu que as próximas eleições presidenciais são «porventura as mais importantes desde o 25 de Abril» e criticou directamente Cavaco Silva, afirmando nunca ter dado «o nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento».

«Querem fazer-nos crer que Cavaco Silva já está eleito, não está, porque em eleições democráticas não há vencedores antecipados, não há coroações. Eu nunca fui dar o meu nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento, eu sou um resistente à ditadura, fui um combatente pela democracia, de todas as horas e de todos os tempos», afirmou Manuel Alegre, numa crítica ao seu adversário.

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O candidato à Presidência da República apoiado pelo PS e pelo BE, que discursava em Lisboa, durante o lançamento do «Movimento Já», um movimento de jovens de apoio à sua campanha presidencial, referia-se a um artigo publicado há semana pela revista «Sábado» onde se revelava um «formulário pessoal pormenorizado» para a PIDE preenchido por Cavaco Silva durante o Estado Novo, onde se lê «integrado no actual regime político» no que respeitava à sua «posição e actividades políticas».

«Pobreza não se resolve com restos de restaurantes»

Manuel Alegre acusou ainda Cavaco Silva de utilizar a pobreza para «fazer campanha eleitoral», afirmando que não é um problema «para ser tratado no Casino do Estoril» mas sim «resolvendo os problemas estruturais do país».

«[A campanha] É uma luta muito difícil, muito desigual, muito desigual, porque há quem não queira que haja campanha e há quem esteja a fazer campanha sem a fazer, aparecendo todos os dias na televisão como Presidente da República. Mas eu estou habituado a combates desiguais, eu sou um resistente e um combatente de sempre e por isso tenho confiança de que com o vosso apoio, das mulheres, dos trabalhadores, dos jovens empresários, daqueles que querem mudar o nosso país e construir o futuro e, sobretudo, com o apoio da juventude, vai ser possível», disse.

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Na sua intervenção, Manuel Alegre manifestou-se «chocado» com as palavras do Presidente da República, que na sexta-feira considerou que os portugueses têm de se sentir «envergonhados» por existirem em Portugal pessoas com fome, um «flagelo» que se tem propagado pelos mais desfavorecidos de forma «envergonhada e silenciosa».

«Nós somos um país que tem um problema estrutural, que é o problema da pobreza, apesar da nova geração de políticas sociais deste Governo, a pobreza estrutural é ainda muito forte, temos 18 por cento de portugueses que vivem no limiar da pobreza, e se destruíssem as prestações sociais poderiam passar a ser 40 ou mais, esse é um problema muito grave, mas não é um problema para poder ser aproveitado para campanha eleitoral», afirmou.

O candidato presidencial acrescentou ainda que este «não é um problema para ser tratado no Casino do Estoril», local onde Cavaco Silva esteve e fez aquela declaração.

«Não é um problema que se resolva com restos de restaurantes, essas são imagens que me chocaram, o problema da pobreza resolve-se resolvendo os problemas estruturais do país e esse é um problema que não é susceptível de poder ser aproveitado por um Presidente da República para fazer a sua campanha eleitoral», acusou.

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