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Ministro da Economia faz gesto obsceno a Bernardino Soares

Manuel Pinho e Governo já pediram desculpa

Um caso insólito marcou o debate sobre o Estado da Nação que decorreu esta tarde no Parlamento, quando o ministro da Economia, Manuel Pinho, encostou os dedos indicadores junto à testa, em resposta a um aparte do líder parlamentar do PCP Bernardino Soares.

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Numa altura em que se discutia no hemiciclo o encerramento das minas de Aljustrel, o parlamentar comunista explicou que se dirigiu a Manuel Pinto, recordando-lhe um episódio em que o governante teria entregue ao clube de futebol da localidade um cheque de cinco mil, euros da EDP, e que a resposta do ministro foi aquela que se pode ver na fotografia que acompanha esta peça.

Sócrates: «Gesto de Pinho é injustificável»

A primeira reacção a este incidente, por parte do Governo, surgiu não por Manuel Pinho mas pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, que disse aos jornalistas, no corredor, que se tratou de um «excesso» por parte do seu colega de Executivo.

«Todos temos excessos e, normalmente, quando temos excesso, porque somos pessoas que nos respeitamos uns aos outros, resolvemos o incidente e consideramos os assuntos encerrados», apontou.

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Depois do gesto de Pinho, Bernardino telefonou a Santos Silva, confrontando-o com a situação. Na reacção aos jornalistas, o ministro dos Assuntos Parlamentares agradeceu a «colaboração» do deputado comunista na resolução do caso. Mas não quis responder aos jornalistas quando questionado sobre se pediria a demissão de Manuel Pinho se estivesse na oposição.

«Eu não estou na oposição. Não me compete falar pelos grupos parlamentares. O que tenho a dizer pelo Governo é que de facto houve um incidente neste debate. Este incidente, do meu conhecimento, passou-se com a bancada do Partido Comunista Português e já tive oportunidade de saná-lo com essa bancada», disse Santos Silva.

As explicações de Manuel Pinho, que saiu por momentos da sala do Parlamento e acabou também por falar, foram mais sucintas. «Fiquei muito ofendido com afirmações que foram feitas, excedi-me, pedi desculpa». Questionado sobre se tem condições para continuar no Governo Pinho respondeu: «Absolutamente, sobretudo enquanto safar postos de trabalho como sucedeu».

Por volta das 18h30, Manuel Pinho foi chamado à sala do Governo para falar com o Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, e com Augusto Santos Silva.

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